A Cadillac oficializou nesta terça-feira (26) que Sergio Pérez e Valtteri Bottas formarão a dupla de pilotos da equipe em sua estreia na Fórmula 1, marcada para 2026. O time, apoiado pela General Motors, optou por uma escolha considerada segura e de grande experiência para encarar os desafios de sua primeira temporada na categoria.
Pérez e Bottas somam mais de 500 largadas, vitórias em Grandes Prêmios e passagens marcantes ao lado de dois dos maiores nomes da história recente da Fórmula 1: Max Verstappen e Lewis Hamilton.
Ambos também já foram vice-campeões mundiais.
Para o CEO da equipe, Dan Towriss, a escolha reflete o equilíbrio ideal entre capacidade técnica e liderança. “É a combinação certa, os pilotos certos no momento certo. A experiência e o perfil de liderança deles se destacaram entre todos os candidatos”, afirmou, após confirmar contratos de múltiplos anos com os dois.
A expectativa sobre quem defenderia a Cadillac vinha desde o anúncio da entrada da montadora na F1, em 2024. Apesar das especulações envolvendo jovens talentos como Felipe Drugovich, Frederik Vesti, Jack Doohan, Guanyu Zhou, Alex Dunne, Jak Crawford e até Mick Schumacher, a decisão acabou seguindo um caminho sem surpresas: a aposta em nomes consolidados.
Ainda que alguns torcedores esperassem a presença de um piloto americano, a equipe priorizou experiência para lidar com os desafios iniciais. “Apesar de todo o conhecimento, todo mundo na equipe é novo e está trabalhando junto pela primeira vez. Por isso, a bagagem desses dois é fundamental”, explicou Towriss.
Sergio Pérez chega como agente livre, após deixar a Red Bull ao fim de 2024, enquanto Bottas, dispensado pela Sauber, vinha atuando como piloto reserva da Mercedes. Segundo o presidente da GM, Mark Reuss, além da parte esportiva, há também um benefício estratégico.
“O mercado mexicano é muito importante para a General Motors e para a América do Norte. A base de fãs é extremamente entusiasmada, e isso também traz vantagens.”
A Cadillac reforçou ainda que pretende desenvolver, no futuro, um caminho de acesso para talentos americanos à Fórmula 1, mas, para o início do projeto, a prioridade foi mesmo a solidez.
(Reportagem de Alan Baldwin, edição de Christian Radnedge)