Caged: Brasil cria 129.775 mil empregos com carteira assinada em julho

O Brasil criou 129.775 mil vagas de emprego formal, ou seja, com carteira assinada, em julho, segundo mostram os dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (27/8) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com a pasta, este é o menor número para o mês desde 2020, início da série histórica do Novo Caged, quando foram registrados 108.476 mil empregos.

O saldo de julho é decorrente de 2.251.440 admissões e 2.121.665 desligamentos. Do total, 92,7% dos postos foram considerados típicos e 7,43% não típicos, com destaque para aprendizes (+6.099) e trabalhadores com jornada de até 30 horas semanais (+6.016).

Leia também

No acumulado do ano (de janeiro a julho), foram abertas 1.347.807 vagas de emprego formal, o valor é 10,3% menor do que o registrado no mesmo período de 2024 (1.503.467).

Todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo no mês passado. Os destaques vieram dos setores de serviços e comércio. Confira a variação de cada atividade econômica:

  • Serviços, com criação de mais 50.159 postos; puxado por setores de comunicação, transportes e administração.
  • Comércio, com criação de 27.325 postos; puxado pelo comércio varejista
  • Indústria, com criação de mais 24.426 postos; puxado pela fabricação de produtos alimentícios
  • Construção, com criação de mais 19.066 postos; puxado por obras de infraestrutura
  • Agropecuária, com saldo negativo de 8.795 postos; puxado pelo cultivo de soja.

Sobre os grupos populacionais, em julho, o saldo foi mais favorável para os homens, com a criação de 72.974 mil vagas, do que para as mulheres, com mais 56.801 mil.

A geração de vagas também foi expressiva entre os jovens: trabalhadores de 18 a 24 anos responderam por 94.965 vínculos, enquanto os adolescentes de até 17 anos tiveram saldo de 26.374. Os setores que mais absorveram esse público foram o Comércio e a Indústria de Transformação.

Em julho, houve crescimento em 25 unidades da federação (UF), com destaque para São Paulo, Mato Grosso e Bahia.

As UFs com maiores saldos são:

São Paulo, com mais 42.789 postos, alta de 0,29%.
Mato Grosso, com mais 9.540, alta de 0,97%.
Bahia, com mais 9.436, alta de 0,43%.

Já as com menores saldos são:

Espirito Santo, com -2.381 postos, com baixa de 0,26%.
Tocantins, com -61  postos, baixa de 0,02%.
Acre, com 112 postos, alta de 0,10%.

Salário médio

O salário médio real em julho foi de R$ 2.277,51, com redução de R$ 5,64 (-0,25%) em relação ao valor de junho de 2025, de R$ 2.283,15. Enquanto na comparação com julho do ano passado, a redução real foi de R$ 1,07 (ou -0,05%).

Para os trabalhadores considerados típicos, o salário foi de R$ 2.318,24 (1,79% maior que o valor médio), enquanto aqueles considerados não típicos tinham salário médio de R$ 1.968,77 (13,56% menor que o valor médio).

Tarifaço 

O ministro da Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, avaliou que a alta da taxa de juros é um problema maior que o tarifaço para os empregos. Marinho é um grande crítico sobre o aumento dos juros no país, para ele, a elevação da Selic contribui para que empresas diminuam as contratações.

Sobre o tarifaço, o ministro afirmou que o governo está buscando novos mercados e que o ministério está aberto para dialogar com os setores. Ele informou que não existe nenhuma formalização de auxilio ao ministério, mas a pasta está a disposição das empresas.

Ele disse também que, segundo um estudo de impacto, o tarifaço atingiria cerca de 320 mil empregos diretos e indiretos. No entanto, o ministro disse que esse é o pior cenário e que isso não deve se concretizar.

Teto do consignado 

Questionado se a CPMI do INSS deve interferir no crédito consignado ao trabalhador, o ministro avalia que o comitê responsável por avaliar e fiscalizar a medida está atento para tomar as medidas de advertências as instituições que não estejam alinhadas. De acordo com ele, em caso de abuso, as instituição serão retiradas do programa.

Para ele, o teto tem uma certa armadilha, ele afirma que quando se coloca um teto, todo o sistema financeiro vai para perto desse do teto e isso pode excluir a ponta que mais precisa do crédito. No entanto, de acordo com ele, o governo não descarta a possibilidade, mas quem deve debater sobre isso é o comitê, do qual ele não faz parte.



Fonte: Metrópoles

Músicos da Portela são assaltados no Rio de Janeiro

Um grupo de músicos da Escola de Samba Portela foram assaltados na noite da última terça-feira (26), após chegarem ao Rio de Janeiro, vindos...

No ar em “A Viagem”, Ary Fontoura mostra encontro com Antônio Fagundes

O ator Ary Fontoura, 92, compartilhou nesta quarta-feira (27) um registro com Antônio Fagundes, 72, ao encontrá-lo por acaso antes de um voo para...

Análise: PT não tem um nome para dar um palanque competitivo a Lula em SP

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas revela um cenário desafiador para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado de São Paulo. O...