Vladimir Putin e Donald Trump devem se encontrar nos próximos dias para discutir um possível acordo de paz para a guerra na Ucrânia. A informação foi confirmada pelo assessor do governo russo, Yuri Ushakov, nesta quinta-feira (7).
O encontro surge após Trump dar um ultimato a Putin, ameaçando impor sanções adicionais à Rússia e seus parceiros comerciais caso não houvesse um sinal claro de disposição para uma saída diplomática do conflito. Como resposta, Putin propôs a reunião bilateral, que pode acontecer nos Emirados Árabes Unidos.
Condições russas para acordo
O Kremlin já deixou clara sua posição sobre as condições para um acordo. Entre as principais demandas estão o reconhecimento internacional da soberania russa sobre as quatro regiões ocupadas na Ucrânia, a desmilitarização do país, garantias de que a Ucrânia jamais integrará a Otan e a realização de novas eleições no território ucraniano.
Volodymyr Zelensky manifestou preocupação com as negociações e defendeu publicamente a necessidade de participar das discussões, junto com líderes europeus. No entanto, Putin indicou que conversaria com Zelensky apenas após um acordo inicial com Trump.
Analistas internacionais avaliam com ceticismo as reais intenções de Putin nas negociações. As exigências russas são consideradas inaceitáveis para a Ucrânia, pois representariam, na prática, uma rendição do país. O encontro entre Putin e Trump pode ser mais uma manobra diplomática do que um real avanço para o fim do conflito.