O presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda, cravou o senador Alan Rick na disputa pela preferência da federação UB-PP para o Governo do Acre em 2026. Sem falar muito, ele disse ao jornalista Assem Neto, há pouco, por telefone, que “temos dois candidatos postos à mesa, mas somente um poderá avançar”. Ouça a entrevista acima.
As convenções que decidirão quem será o candidato devem ocorrer em julho. Se Alan Rick não mudar de partido até lá (a janela fecha em 4 de abril) e perder a disputa interna para a vice-governadora Mailza Assis (PP), ele não poderá disputar as eleições. O quórum é extremamente reduzido nesse caso. No Acre, votam quatro dirigentes, dois de cada partido.
Gladson e Mailza devem ser os nomes do progressistas. Alan, presidente local do UB, seria um. O outro é uma incógnita, mas pode ser o médico Fábio de Rueda, chefe do Escritório do Acre em Brasília, candidato a deputado federal e muito afinado à gestão Cameli. Em Brasília, votam, no caso de empate aqui, Antônio de Rueda, presidente nacional do UBe outro do mesmo partido, além de Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, e mais um. Esses nomes serão conhecidos na próxima semana, quando a federação será registrada em cartório.
“É humanamente improvável Alan Rick candidato do governo”, declarou uma fonte ligada à articulação do governo Gladson.
E para cravar 3 x 1 a seu favor, encerrando a discussão aqui no Acre, Mailza Assis costurou, com maestria, o reforço massivo do secretário da Casa Civil, Jhonatan Donadoni. Ele está expandindo seu suntuoso escritório de advocacia para São Paulo, e conta com a generosa ajuda de Antônio de Rueda. Donadoni hoje seria o coordenador de campanha de Fábio.
“Rueda quer eleger o irmão a qualquer custo e não seria problema nenhum pra ele dar um pé na bunda do Alan”, opinou um influente político que transita nos dois lados.
O senador Alan Rick pagará pra ver?
Apostas abertas.
Noutra reportagem, falaremos de uma trama que teria o senador Alan Rick como principal articulador com intenção de impedir o registro de candidatura de Mailza Assis. Nesse viés, a investida sorrateira e desonesta de Márcio Bittar e Bocalom, em Brasília, com os mesmos objetivos.