Eduardo espera mais sanções e diz que não há cenário com STF “vitorioso”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, nesta quinta-feira (14), que espera mais sanções dos EUA contra autoridades brasileiras e possivelmente mais tarifas contra o Brasil.

Em entrevista à Reuters em Washington, capital dos EUA, após reuniões com autoridades americanas, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não via como o Brasil poderia negociar tarifas mais baixas sobre seus produtos sem haver concessões do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Os ministros do Supremo têm que entender que perderam o poder”, disse Eduardo. “Não há cenário em que o Supremo saia vitorioso desse imbróglio. Eles estão em conflito com a maior potência econômica do mundo”, declarou.

Em manifestações públicas, Trump tem exigido o fim da “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro.

“Eu acho que ele (Bolsonaro) é um homem honesto. É realmente uma execução política que eles estão tentando fazer com Bolsonaro”, disse Trump nesta quinta.

Eduardo descreveu as tarifas dos EUA sobre carne bovina, café, peixe, calçados e outros produtos brasileiros como um “remédio amargo” necessário tendo em vista a situação jurídica de seu pai.

“Eu disse a todos que tentam abordar isso apenas pela perspectiva comercial: não vai funcionar. É preciso haver um sinal primeiro para os EUA de que estamos resolvendo nossa crise institucional”, afirmou Eduardo.

O Departamento de Estado dos EUA renovou a pressão sobre o Brasil nesta quarta (13), ao revogar o visto de cidadãos brasileiros que estiveram envolvidos com o programa Mais Médicos, instituído em 2013 e que contava com convênio com Cuba para a seleção de médicos.

Eduardo Bolsonaro disse que espera que as sanções em relação ao Mais Médicos atinjam em breve o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e possivelmente a ex-presidente Dilma Rousseff (procurados pela reportagem, ambos ainda não responderam a pedidos de comentários).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem rejeitado as exigências de Trump, classificando-as como uma afronta à soberania nacional, e manifestado recusa em se “humilhar” com uma ligação para a Casa Branca. Em entrevista à Reuters na semana passada, Lula chamou Eduardo Bolsonaro e seu pai de “traidores” por buscarem Trump.

Texto em atualização.

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