As buscas por vestígios dos corpos das vítimas da explosão da fábrica Enaex Brasil, em Quatro Barras (PR), na Grande Curitiba, foram suspensas na noite da última sexta-feira (16).
Foram encontrados cerca de mil vestígios que devem identificar as nove vítimas. A área das buscas foi isolada enquanto a análise do material acontece.
O material biológico está sendo analisado em laboratórios do estado. Simultaneamente, a Polícia Científica faz a triagem dos vestígios encontrados no local. O protocolo de Identificação de Vítimas de Desastre, da Interpol, está sendo empregado.
De acordo com o coronel Hudson Teixeira, após esta avaliação vai ser determinada a necessidade de retornar ou não às buscas.
A Polícia Civil também solicitou à Enaex um relatório técnico detalhado com informações sobre os materiais utilizados no processo de produção e os protocolos de armazenamento adotados. A expectativa é que o documento contribua para esclarecer as causas do acidente.
“Temos o compromisso de encerrar toda a análise o mais rápido possível para propiciar às famílias as identificações e certidões de óbito dos parentes que faleceram nessa catástrofe”, afirmou Teixeira.
Reunião com familiares das vítimas
Na próxima segunda-feira (18), vai ser realizada uma reunião em Quatro Barras com os familiares das vítimas. No encontro, os agentes de segurança passarão um balanço dos trabalhos.
A Defensoria Pública do Paraná também vai estar presente na reunião para explicar como os familiares podem exercer seus direitos. Profissionais do Programa Prumos, de apoio psicossocial da Secretaria de Estado de Segurança Pública, também devem participar.
Relembre o acidente
A explosão na fábrica Enaex Brasil deixou nove pessoas mortas e sete feridas, na última terça-feira (12). Com o choque da explosão, as vítimas tiveram os corpos fragmentados.
Segundo Jessica Andrade, delegada responsável pelo caso, as imagens das câmeras de segurança da Enaex foram recolhidas.
Ela ainda informou que outros funcionários da empresa serão ouvidos para explicar a dinâmica de trabalho da empresa, como a quantidade de substâncias que os colaboradores manipulavam por dia.
Além dos depoimentos dos funcionários, a polícia também vai pedir à empresa um relatório técnico para entender as possíveis causas e a origem da explosão na fábrica.