O youtuber Felca expôs em vídeo a exploração e a sexualização de crianças e adolescentes nas redes sociais. Publicado em 6 de agosto, o material já ultrapassou 44 milhões de visualizações, gerou repercussão no Congresso e foi seguido pela prisão de envolvidos. Nos bastidores, porém, o processo foi marcado por sofrimento emocional.
“Eu fiquei abalado. Eu fiquei sentido. Foram dias, de certa forma, de trevas. Dias de deserto, foram dias cinzentos. Enquanto eu estava produzindo, nos pontos finais, não tinha muita cor, não tinha muita luz as coisas”, contou ao podcast Isso é Fantástico.
Felca e Hytalo Santos
Felca/Reprodução/Youtube
Felca
Reprodução/Instagram
Felca denunciou adultização de crianças e já venceu processos na Justiça de São Paulo
Reprodução/Instagram
Felipe Bressanim, conhecido como Felca, ficou conhecido por vídeos de “react” no YouTube
Reprodução/Redes Sociais
O vídeo expõe a engrenagem da sexualização infantil on-line e mostra como o ambiente digital facilita a ação de pedófilos. O tema sensível não o impediu de concluir o trabalho, que levou cerca de um ano.
Leia também
-
Felca relata tensão antes de vídeo que denunciou exploração de menores
-
Defesa de Felca reage após TJ pedir identificação de autor de ameaças
-
Justiça manda Google revelar autor de ameaças de morte contra Felca
-
Felca dá detalhes sobre vídeo da adultização no Alta Horas
“O sentimento mesmo era de que eu estava em um lugar escuro e a sensação era que eu estava entrando em um lamaçal. Já que eu entrei nesse lamaçal, que pelo menos eu consiga tirar uma pedra de diamante desse lamaçal”, acrescentou.
Entre os acusados, o influenciador Hytalo Santos foi preso preventivamente em 15 de agosto. Ele é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e “adultização” de menores.
“Talvez eu tenha que passar por essa escuridão por esse lugar onde eu estou, para que outras pessoas futuramente não precisem passar”, refletiu Felca. “Causa um dano emocional mesmo, você estar vendo essas coisas.”
Fonte: Metrópoles