Frankenstein: o que se sabe sobre a nova variante do coronavírus

No mês passado, a variante XFG do coronavírus, que circula no Reino Unido, foi identificada no Brasil. Por ser uma recombinação de duas variantes ômicron – a LF.7 e LP.8.1.2 –, ela foi apelidada de Frankenstein.

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Os sintomas da Frankenstein não se diferenciam tanto dos tradicionais da Covid-19. Febre, dor muscular, tosse, resfriado, mal-estar e dor de cabeça estão entre as principais queixas. Até o momento, não há sinais de que a variante cause formas mais graves da doença.

“As recomendações com a nova variante circulando seguem as mesmas: manter a vacinação em dia, evitar o contato com pessoas apresentando doença respiratória, uso de máscara e maior isolamento das pessoas doentes”, explica o virologista e professor Fernando Spilki, da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul.

Sintomas da Covid

  • Os sinais originais da Covid-19, como perda de olfato, mudaram muito desde o início do perído pandêmico.
  • Atualmente, os sintomas mais comuns são muito semelhantes com os de uma gripe: coriza, tosse e dores de cabeça e garganta lideram a lista de relatos dos pacientes.
  • A principal diferença para a gripe é que a presença de febre, em casos leves de Covid-19, é rara.
  • Pessoas infectadas com variantes derivadas da JN.1 também têm relatado entre os principais sintomas a insônia e uma sensação de preocupação e ansiedade.

Transmissibilidade da variante Frankestein

Estudos iniciais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com autoridades brasileiras indicam que a XFG causou um aumento de infecções por Covid-19, especialmente no início de julho. “Isso é a corrida evolutiva que vemos desde o princípio, o vírus vai sofrendo seleção que usualmente resulta em um ganho paulatino de transmissibilidade”, afirma Spilki.

13 imagensDe acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveisJá as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários paísesApesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírusEm setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra elaCom mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 paísesFechar modal.1 de 13

Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesse

Viktor Forgacs/ Unsplash2 de 13

De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveis

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Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários países

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Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírus

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Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra ela

Aline Massuca/Metrópoles6 de 13

Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 países

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A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteção

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A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demais

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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidade

Andriy Onufriyenko/ Getty Images10 de 13

Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no Equador

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Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta, e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no Peru

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Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírus

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As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menor

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Ensaios laboratoriais revelaram que a variante Frankestein apresenta algum escape dos anticorpos gerados contra variantes anteriores. No entanto, isso não é um comportamento novo e trata-se de uma característica esperada de evolução viral.

O que diz a OMS sobre a variante Frankenstein?

Até o momento, a nova variante já foi relatada em 38 países e sua presença global aumentou rapidamente, saltando de 7% para 22% dos casos sequenciados em apenas três semanas. O avanço é mais evidente na Ásia, Europa e Américas.

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a XFG como uma nova variante sob monitoramento (VUM), ou seja, ela ainda não é considerada de alto risco, mas deve ser acompanhada de perto pelas autoridades sanitárias.

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Fonte: Metrópoles

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