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Haddad: plano de contingência contra o tarifaço ficará dentro da meta

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Haddad: plano de contingência contra o tarifaço ficará dentro da meta

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou, nesta sexta-feira (1º/8), que o plano de contingência para mitigar os efeitos do tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos (EUA) ficará dentro dos limites do marco fiscal.

“Não, na nossa proposta que está sendo encaminhada não vai exigir isso. Embora tenha havido da parte do Tribuna de Contas [da União] a compreensão de que se fosse necessário [abertura de crédito extraordinário], mas não é nossa demanda inicial. Entendemos que conseguimos operar dentro do marco fiscal, sem nenhum tipo de alteração”, disse a jornalistas.

Nessa quinta-feira (31/7), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), disse que o apoio voltado aos trabalhadores poderia ser excluído da meta fiscal.

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A expectativa é que, a partir da semana que vem, o governo tome as primeiras medidas relativas à proteção da indústria e da agricultura nacionais. Segundo Haddad, os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento vão apresentar algumas medidas formatadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve analisar o pacote contra o tarifaço.

O ministro confirmou que o plano de contingência ao tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras aos EUA está sendo calibrado pela equipe econômica. Assim que finalizar o refino do material, a proposta será encaminhada a Lula.

Haddad informou que o governo está ajustando os números referentes ao volume de recursos necessários para “socorrer essas empresas apertadas neste primeiro momento” e, assim, apresentar o texto ao presidente.

Haddad nega retaliação contra EUA

Ao ser questionado sobre uma possível desistência de retaliar os EUA, Haddad reforçou que “não houve desistência dessa decisão, porque essa decisão nunca foi tomada”. Ele ressaltou que o presidente Lula e os demais ministros nunca usaram “esse verbo para caracterizar as ações que o governo brasileiro vai tomar”.

“Essa palavra não figurou no discurso do presidente e de nenhum ministro. Entendemos que tem canais competentes onde o Brasil pode defender seus interesses”, declarou o ministro da Fazenda.

Segundo ele, a movimentação do governo visa garantir a “proteção da soberania, da nossa indústria e do nosso agronegócio”. Ele considerou as medidas como uma reação a “uma ação injustificável” do presidente Donald Trump.

Haddad afirmou que uma “taxa de 50% é injustificável, fora do padrão de relacionamento dos Estados Unidos com qualquer outro país”. “Não tem parâmetro que justifique essa ação”, completou ele.


Fonte: Metrópoles

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