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Inflação de julho sobe 0,26%, puxada por alta da energia elétrica

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Inflação de julho sobe 0,26%, puxada por alta da energia elétrica

Os preços de bens e serviços do país avançaram 0,26% em julho, um aumento de 0,02 ponto percentual em comparação a junho (0,24%). Em 12 meses até julho, a inflação acumula alta de 5,23%, ainda acima do teto da meta (4,50%). No ano, o índice acumula alta de 3,26%.

O resultado do mês passado ficou abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro. A mediana das previsões do relatório Focus e do mercado era alta de 0,34% e 0,36%, respectivamente.

Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, divulgado nesta terça-feira (12/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Energia elétrica mais cara puxa inflação

O resultado mensal foi influenciado pela alta de 3,04% nos preços da energia elétrica residencial, devido à manutenção da bandeira tarifária vermelha no patamar 1, com taxa adicional de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. Ela também exerceu o maior impacto individual no índice, com incremento de 0,12 ponto percentual.

Nos primeiros sete meses do ano, a energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18% — a maior variação para o período desde 2018, quando o acumulado foi de 13,78%.

“Sem a contribuição da energia elétrica, o resultado do IPCA de julho ficaria em 0,15%”, destaca Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IPCA.

Segundo o IBGE, a alta no subitem reflete uma série de reajustes nas tarifas, por parte das concessionárias, nos estados de São Paulo (13,97%), Curitiba (1,97%), Porto Alegre (14,19%) e Rio de Janeiro (-2,16%).

O que é IPCA

Destaques do IPCA de julho

Seis grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação positiva na passagem de junho para julho. As exceções foram os grupos de Alimentação e bebidas (-0,27%), Vestuário (-0,54%) e Comunicação (-0,09%).

Confira o resultado, por grupos, do IPCA:

Veja o impacto, por grupos, na inflação em julho:

A inflação para o mercado

As projeções do mercado financeiro para a inflação deste ano seguem distantes da meta, mas nas últimas semanas tem se aproximado das expectativas do Banco Central (BC) e do Ministério da Fazenda.

Segundo o relatório Focus publicado nessa segunda-feira (11/8), a estimativa dos analistas consultados pelo Banco Central para o IPCA foi reduzida pela 11ª semana consecutiva. A previsão passou de 5,07%, na semana anterior, para 5,05%.

O próprio BC — que tem o papel de controlar o avanço da inflação por meio da taxa básica de juros (a Selic) — informou que há 70% de probabilidade de a meta inflacionária ser descumprida neste ano.

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Fonte: Metrópoles

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