IPCA-15 cai 0,14% em agosto, primeira deflação desde julho de 2023

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, indica que os preços de bens e serviços caíram 0,14% em agosto. O valor foi o menor desde setembro de 2022 (-0,37%) e o primeiro negativo desde julho de 2023.

Os dados referentes ao IPCA-15 foram divulgados nesta terça-feira (26/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do mês ficou abaixo das previsões do mercado financeiro, que variavam entre -0,20% e 0,23%.

No acumulado de 12 meses, a prévia da inflação tem alta de 4,95%, acima dos 5,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, avançou 3,26%. Em agosto de 2024, o IPCA-15 foi bem maior (0,19%).

Queda na energia elétrica puxa IPCA-15 para baixo

Apesar de estar em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2 — com taxa extra de R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos —, um dos fatores que contribuíram para a primeira deflação do IPCA-15 em dois anos foi a queda nos preços da energia elétrica residencial, em decorrência do Bônus de Itaipu concedido no mês.

O maior impacto negativo veio do grupo de Habitação, que recuou 1,13% no período, com destaque para a queda de 4,93% nos preços da energia elétrica residencial — subitem que exerceu impacto mais intenso no IPCA-15 de agosto (0,20 ponto).

Também registraram quedas em agosto Alimentação e bebidas (-0,53%) e Transportes (-0,47%), grupos de maior peso no IPCA-15 juntamente com Habitação.

O IPCA-15

  • O IPCA-15 difere do IPCA, que mede a inflação oficial do país, na abrangência geográfica e no período de coleta, que começa no dia 16 do mês anterior. Por essa razão, ele funciona como uma prévia do IPCA.
  • O indicador coleta dados sobre as famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. Ele abrange: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
  • A próxima divulgação, referente a agosto, será feita em 26 de agosto.

Destaques IPCA-15

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de julho a 14 de agosto (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de junho a 15 de julho (base).

Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram apresentaram alta em julho, enquanto três mostraram queda e um teve variação nula.

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Entre as elevações, a maior foi do grupo de Despesas pessoais. Do lado das baixas, o destaque vai para Habitação, Alimentação e Bebidas, que caiu pelo terceiro mês consecutivo, e Transportes.

Variação de cada grupo em agosto:

  • Alimentação e bebidas: -0,53%
  • Habitação: -1,13%
  • Artigos de residência: 0,03%
  • Vestuário: 0,17%
  • Transportes: -0,47%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,64%
  • Despesas pessoais: 1,09%
  • Educação: 0,78%
  • Comunicação: -0,17%

Impacto de cada grupo no IPCA-15 de agosto:

  • Alimentação e bebidas: -0,12 ponto percentual
  • Habitação: -0,17 ponto percentual
  • Artigos de residência: 0 ponto percentual
  • Vestuário: 0,01 ponto percentual
  • Transportes: -0,10 ponto percentual
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,09 ponto percentual
  • Despesas pessoais: 0,11 ponto percentual
  • Educação: 0,05 ponto percentual
  • Comunicação: -0,01 ponto percentual

Previsões do mercado para o IPCA de agosto

Analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) projetam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve registrar queda de 0,15% em agosto.

Segundo o relatório Focus, as previsões indicam que o IPCA fechará o ano em 4,86%.

Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual (com piso de 1,5% e teto de 4,5%). Se o acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.



Fonte: Metrópoles

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