A Irani Papel e Embalagem (RANI3) registrou um lucro líquido de R$ 112 milhões no segundo trimestre de 2025, salto de 168,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Frente ao primeiro trimestre deste ano, a alta foi de 84,3%.
O resultado foi impulsionado principalmente pelo reconhecimento de um crédito tributário de R$ 18,4 milhões. Mas mesmo o lucro líquido ajustado, que desconsidera esse efeito, apresentou avanço: foi de R$ 93,6 milhões, crescimento de 124,4% na comparação anual e de 54,0% frente ao trimestre anterior.
Esse desempenho refletiu a valorização dos ativos biológicos da companhia, que teve um incremento de R$ 50,5 milhões com a aquisição de novas áreas florestais.
Proposta de dividendos
Com os resultados em mãos, a companhia propôs o pagamento de dividendos no valor de R$ 0,1095 por ação.
O provento ainda precisa ser confirmado em reunião do Conselho de Administração prevista para agosto. Segundo a política da empresa, os dividendos equivalem a 25% do lucro líquido e são deliberados no mês seguinte à divulgação dos balanços, com pagamento até o fim do mês subsequente.
Receita líquida
A receita líquida foi de R$ 413,8 milhões no trimestre, alta de 11,6% na comparação com o mesmo período de 2024. Em relação ao primeiro trimestre deste ano houve queda de 2,2%, em razão de menor volume de vendas, fator classificado pela empresa como sazonal.
O destaque do faturamento continua sendo o segmento de embalagens sustentáveis de papelão ondulado, que respondeu por 61,1% da receita total. Apesar de uma leve retração nas vendas (- 4,4% no trimestre e – 0,5% no ano), o segmento teve elevação nos preços médios: 13,4% em relação ao 2T24 e 4,1% comparado ao 1° trimestre, refletindo uma estratégia de preços e foco em margens.
Já os preços do papel para embalagens sustentáveis também subiram na comparação anual, embora as vendas totais tenham recuado 2,3% e a produção tenha se mantido praticamente estável.
O custo médio dos produtos vendidos cresceu 14,8% em relação ao segundo trimestre de 2024, impactado principalmente pela alta no preço das aparas, principal matéria-prima da companhia. Na comparação com o 1° trimestre, o custo se manteve estável.
O Ebitda ajustado da operação ficou em R$ 127,5 milhões, com margem de 30,8%. O indicador teve crescimento anual de 6,8%, mas recuou 6,4% em relação ao trimestre anterior.