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Jovem ignora sintoma clássico na testa e é diagnosticado com câncer

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Jovem ignora sintoma clássico na testa e é diagnosticado com câncer

O influenciador inglês Sam Tee, de 26 anos, já havia notado o surgimento de uma pinta na testa, mas, inicialmente, o sinal não chamou muito a atenção dele. Aquela mancha, porém, era um câncer de pele.

Como Sam usava ocasionalmente camas de bronzeamento artificial, os amigos do rapaz começaram a insistir para que ele marcasse uma consulta com um médico, o que ele finalmente aceitou fazer.

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Inicialmente, Sam procurou um médico da rede privada e foi informado que tinha apenas uma mancha e deveria buscar o serviço de saúde pública para retirá-la.

Quando ele conseguiu uma consulta com o clínico geral do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHR, na sigla em inglês), porém, o médico suspeitou que ele tivesse um tumor de pele.

“Eu simplesmente tinha deixado aquela mancha lá e tratado ela como uma coisa inocente. Foi um choque para mim descobrir que era um câncer”, afirma o influenciador.

Como reduzir o risco de câncer de pele?

Sam retirou a lesão, passou por biópsia e foi encaminhado para uma cirurgia plástica emergencial, necessária para fechar a região da testa. A biópsia confirmou que ele tinha um carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele.

O jovem influenciador passou a usar as redes sociais, anteriormente dedicadas ao emagrecimento, para falar da importância de monitorar o câncer de pele. “Só não se esqueça. Se você tem algum sintoma há mais de duas semanas, vá e verifique”, incentiva.

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Sam teve câncer de pele na testa, mas só buscou ajuda médica após conselhos dos amigos

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Ele credita o câncer de pele, desenvolvido tão cedo, ao uso de câmaras de bronzeamento artificial

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Até mesmo os médicos acharam que a mancha fosse “apenas um sinal”

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O câncer de pele de Sam

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais prevalente no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ele responde por cerca 80% dos casos.

Embora cresça lentamente e raramente se espalhe para outras regiões, ele pode gerar feridas de grandes dimensões. O sinal mais comum deste tipo de tumor é o aparecimento de uma pinta avermelhada, brilhante ou em formato de crosta que não cicatriza.

O tratamento exige retirada de pele até chegar em camadas saudáveis para garantir a remoção completa das células tumorais.

O uso de câmaras de bronzeamento artificial, como era feito por Sam, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento destes tumores, por isso a prática é proibida no Brasil. Segundo a dermatologista Viviane Scarpa, de São Paulo, as lâmpadas de bronzeamento emitem radiação ultravioleta capaz de aumentar em até 24% o risco de desenvolvimento de câncer em jovens abaixo dos 35 anos.

“A luz destas lâmpadas penetra profundamente na pele, aumentando o risco de cânceres até mais graves como o melanoma, este sim potencialmente fatal”, indica ela.

O dermatologista Beni Grinblat, representante da regional de São Paulo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), reforça que a cirurgia é o tratamento preferencial para tumores de pele, mas que em casos de baixo grau é possível fazer um tratamento com medicamentos tópicos e cremes.

“Estes tratamentos são possíveis para casos diagnosticados de forma precoce. Por isso, orientamos ao paciente que se atente a lesões avermelhadas, rosadas, que estejam crescendo, feridas que não cicatrizam, casquinhas que ficam persistentemente no mesmo lugar, lesões que sangram fácil”, afirma ele.

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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura

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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma

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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara

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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos

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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado

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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma

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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga

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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas

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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento

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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como “Dermatoscopia”, que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia

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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”

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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”

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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais

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Fonte: Metrópoles

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