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Leite culpa família Bolsonaro por tarifaço, mas não isenta Lula

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Leite culpa família Bolsonaro por tarifaço, mas não isenta Lula

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), afirmou, nesta quarta-feira (6/8), que a “responsabilidade maior” da imposição de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras está com a família Bolsonaro.

Além das críticas ao clã bolsonarista, Leite disse que o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) corroborou para criar um ambiente de animosidade entre o Brasil e os Estados Unidos.

“Acho que está muito claro que a responsabilidade maior, a imposição desse sacrifício ao Brasil e aos brasileiros, está na família Bolsonaro. Sem dúvidas disso. Eles próprios avocam isso, a responsabilidade. O deputado [licenciado] Eduardo Bolsonaro mesmo admite isso”, declarou Leite, após reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).

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No entanto, o governador do RS ressaltou que as manifestações do presidente Lula “não colaboram” para melhorar o ambiente de relação diplomática entre brasileiros e norte-americanos.

“Não dá para negar que muitas manifestações do presidente Lula, de alguma forma, corroboraram para criar um ambiente de animosidade. Sejam discursos anti-americanos, sejam críticas ao dólar, entre outras manifestações que não colaboram para melhor ambiente de relação diplomática”, pontuou Leite.

Tarifaço de 50%

A partir desta quarta, boa parte das exportações brasileiras serão sobretaxadas em 50% para entrar nos Estados Unidos. A medida faz parte de um conjunto de medidas protecionistas impostas pelo presidente Donald Trump.

Em resposta ao tarifaço, o governo Lula acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas unilaterais impostas por Trump. O Executivo brasileiro protocolou um pedido de consulta em Genebra na manhã desta quarta.

O tarifaço de Donald Trump

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de contingência contra o tarifaço será enviado ao presidente Lula (PT) ainda hoje. De acordo com ele, a proposta está finalizada e aguarda o aval do petista.

Haddad também acrescentou que, provavelmente, o plano será feito em formato de medida provisória (MP). Isso porque uma MP tem efeitos imediatos, ou seja, já vale ao mesmo tempo em que tramita no Congresso Nacional, mas depende de aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para virar lei.

O anúncio do pacote, no entanto, cabe ao presidente Lula.


Fonte: Metrópoles

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