Líderes europeus emitiram uma declaração conjunta após as conversas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, afirmando que o próximo passo deve ser novas negociações, desta vez com a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A declaração, no entanto, não mencionou os apelos de Trump por um “acordo de paz”. O presidente dos EUA escreveu no Truth Social que esta seria a melhor maneira de encerrar a guerra na Ucrânia, em vez de um acordo de cessar-fogo, que, segundo ele, pode não “se sustentar”, em comentários que sinalizaram uma reversão de sua própria posição.
“Os líderes saudaram os esforços do presidente Trump para interromper a matança na Ucrânia, pôr fim à guerra de agressão da Rússia e alcançar uma paz justa e duradoura”, dizia o comunicado europeu.
“Como disse o presidente Trump, ‘não há acordo até que haja um acordo’. Conforme previsto pelo presidente Trump, o próximo passo agora deve ser novas negociações, incluindo o presidente Zelensky, com quem se encontrará em breve”, continuou a nota.
As autoridades europeias acrescentaram que estão prontas para trabalhar com Trump e Zelensky rumo a uma cúpula trilateral com apoio europeu.
Eles reiteraram a necessidade de a Ucrânia ter “garantias de segurança inabaláveis“, acrescentando que “nenhuma limitação deve ser imposta às forças armadas ucranianas ou à sua cooperação com países terceiros. A Rússia não pode ter poder de veto contra o caminho da Ucrânia para a União Europeia e a Otan”.
A declaração foi emitida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pelo presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, pelo presidente francês, Emmanuel Macron, pela primeira-ministra italiana, Giogia Meloni, pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pelo presidente finlandês, Alexander Stubb, e pelo primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.