O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente chinês, Xi Jinping, conversaram por telefone na noite desta segunda-feira (11) sobre uma parceria estratégica bilateral entre os dois países.
Isso também inclui a ampliação em setores de petróleo, gás, satélites, saúde e economia digital.
De acordo com o Palácio do Planalto, a ligação durou cerca de uma hora, e também teve como assuntos os “recentes esforços” pela paz no conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia, e que a China deve ser representada na COP30 em Belém.
“Ambos os presidentes também destacaram sua disposição em continuar identificando novas oportunidades de negócios entre as duas economias”, pontua o texto.
A ligação havia sido antecipada pela CNN.
Em entrevista à Reuters na última quarta-feira, Lula afirmou que, como presidente do bloco até o final deste ano, falaria com vários presidentes sobre o tema. Ao ser perguntado se estaria havendo uma articulação entre os países do Brics, respondeu: “Ainda não tem, mas vai ter.”
Desde então, o presidente brasileiro falou com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e recebeu um telefonema do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Veja a nota na íntegra da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) sobre a ligação abaixo:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou na noite desta segunda-feira, 11 de agosto, para o presidente da República Popular da China, Xi Jinping.
Na ligação, que durou cerca de uma hora, os dois líderes trocaram impressões sobre a atual conjuntura internacional e os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia. Ambos concordaram sobre o papel do G20 e do BRICS na defesa do multilateralismo.
O presidente Lula reiterou a importância que a China terá para o sucesso da COP 30 e no combate à mudança do clima. O presidente Xi indicou que a China estará representada em Belém por delegação de alto nível e que vai trabalhar com o Brasil para o êxito da conferência.
Os chefes de Estado também conversaram sobre a parceria estratégica bilateral. Nesse contexto, saudaram os avanços já alcançados no âmbito das sinergias entre os programas nacionais de desenvolvimento dos dois países e comprometeram-se a ampliar o escopo da cooperação para setores como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites.
Ambos os presidentes também destacaram sua disposição em continuar identificando novas oportunidades de negócios entre as duas economias.”