Novos concorrentes nacionais de medicamentos emagrecedores como Ozempic, Wegovy e Mounjaro chegam às farmácias brasileiras nesta segunda-feira (4).
Em entrevista à CNN, a endocrinologista Deborah Beranger alerta que o uso intermitente e sem acompanhamento médico pode resultar no chamado “efeito sanfona”, onde o paciente alterna entre perda e ganho de peso. “Para o corpo, é muito pior você ficar reganhando do que você não perder peso”, explica.
Riscos e efeitos colaterais
Entre os efeitos colaterais mais comuns estão vômitos, diarreia e constipação. Casos mais graves já foram registrados, como obstrução intestinal e laceração de esôfago por vômito. A especialista ressalta que a resposta ao medicamento varia: alguns pacientes não apresentam reações mesmo com doses altas, enquanto outros podem necessitar de internação com doses baixas.
Beranger enfatiza que estas medicações, apesar de seguras quando corretamente prescritas, exigem tratamento contínuo por se tratar de uma doença crônica. “O tratamento não pode ser interrompido. A questão do reganho de peso acontece quando o paciente não assimila que a doença é crônica”, afirma.
A especialista compara o tratamento da obesidade ao de outras doenças crônicas, como a hipertensão. O paciente não deixa de ter a condição, mas passa a tê-la sob controle. Fatores como idade, menopausa, andropausa e genética podem influenciar no ganho de peso, tornando necessário o acompanhamento médico constante.