Molécula sintética pode ajudar a emagrecer e melhorar sono, diz estudo

Pesquisadores descobriram que a ingestão da molécula Pep19 pode auxiliar na diminuição de gordura visceral e melhorar o sono em adultos obesos. Ela é uma versão sintética de um peptídeo – pedaço pequeno de proteínas encontrado naturalmente nas células humanas e essencial para várias funções biológicas.

O estudo foi realizado por cientistas do Centro de Pesquisa Biomédica Pennington (PBRC), nos Estados Unidos, da empresa israelense Proteimax Biotechnology (Israel), em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Os resultados foram publicados na revista científica Wiley Online Library em junho.

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Pesquisas anteriores em animais já haviam mostrado descobertas promissoras, diminuindo os níveis de obesidade e melhorando a glicemia, colesterol e pressão arterial. Ao contrário de outros medicamentos para obesidade, o Pep19 foi benéfico sem provocar efeitos colaterais.

Resultados promissores da molécula

Durante dois meses, 24 participantes com idades entre 46 e 59 anos, pesando entre 91 e 106 kg e índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 35 kg/m², foram observados e avaliados em um ensaio clínico triplo-cego. Nele, pesquisadores e voluntários não sabem quem está consumindo molécula ou placebo.

Todos foram divididos em três grupos: uns tomavam placebo, outros dois miligramas de Pep 19 e o último, cinco miligramas. As doses eram únicas e ingeridas via oral em cápsulas antes de dormir.

Ao final, o grupo que recebeu a maior dose da molécula teve redução de 17% nos níveis de gordura visceral, sem alterações na massa magra. Também foi constatado que todos participantes que ingeriram Pep 19, independente da dosagem, tiveram melhora na qualidade do sono e não apresentaram nenhum efeito colateral.

Segundo a autora principal do estudo, Andrea Heimann, o peptídeo conseguiu transformar parte da gordura branca, que serve de reserva energética para o organismo, em marrom, utilizada para a produção de energia, aumentando a queima de calorias para gerar energia e calor. O processo ocorre quando estamos expostos a temperaturas mais baixas.

Próximos passos

Novos estudos com duração e amostragem maior serão necessários para comprovar a segurança e eficácia do Pep 19, porém as primeiras investigações demonstram o potencial da molécula sintética.

“No momento, novos estudos estão em curso e, se os resultados obtidos até agora forem confirmados, o Pep19 pode se tornar uma solução revolucionária para melhorar a saúde metabólica e a qualidade de vida de milhões de pessoas”, destaca um dos autores do artigo Emer Ferro, professor do ICB-USP, em comunicado.

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Fonte: Metrópoles

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