O caso do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, que espancou a namorada Juliana Garcia dos Santos com 61 socos no rosto no elevador de um condomínio em Natal, Rio Grande do Norte, gerou grande repercussão e novos desdobramentos.
A CNN reuniu os cinco principais pontos sobre o caso. Veja abaixo.
1- Agressão registrada por câmeras
As imagens mostram Igor desferindo 61 socos em Juliana dentro do elevador, no sábado (26). A vítima sai ensanguentada, com o rosto desfigurado, e é amparada por vizinhos. Em sua defesa inicial, Igor alegou ter sofrido uma “crise de claustrofobia”.
Ele alegou que este surto ocorreu quando estava no elevador com Juliana, e ela lhe xingou e rasgou sua camisa. No vídeo é possível ver que o agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, golpeou a namorada com os punhos, causando lesões visíveis.
2 – Prisão e transferência para cadeia pública
No dia seguinte da agressão, 27 de julho, Igor foi preso em flagrante e, posteriormente, teve a prisão convertida em preventiva. Ele foi transferido para a Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, na sexta-feira (1).
Na Cadeia Pública, ele denunciou ter sido agredido fisicamente por policiais penais que estavam de plantão. A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) do Rio Grande do Norte informou à CNN ter adotado providências imediata.

3 – Histórico do agressor
Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, o homem já teria agredido a mulher em outras ocasiões anteriores ao caso. Em um formulário que precisava ser preenchido, Juliana informou que já havia sido agredida com empurrões e que também sofria violência psicológica grave.
De acordo com a corporação, Juliana teria conversado com Igor sobre a possibilidade de tirar a própria vida e “ele incentivava ela a tomar essa atitude”. Igor tem 29 anos, já representou o Brasil em torneios internacionais de basquete 3×3 e tem registros na Liga Nacional e nos Jogos Olímpicos. Após o caso, desativou suas redes sociais.

4 – Estado de saúde da vítima
Juliana Garcia passou por uma cirurgia de reconstrução facial na sexta-feira (1º), no Hospital Universitário Onofre Lopes, da UFRN, em Natal. A informação foi divulgada pela defesa. Segundo o comunicado, o procedimento foi bem-sucedido e Juliana está em processo de recuperação.
“A boa notícia é que a cirurgia foi um sucesso, Juliana está em processo de recuperação”, diz o comunicado.
5 – Acusações e investigação
Polícia Civil segue investigando o caso, que segue repleto de dúvidas que serão respondidas ao longo das investigações. A investigação prossegue para determinar as responsabilidades e o desfecho legal deste grave episódio de violência doméstica.
O que falta saber sobre o crime
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, apura o caso como tentativa de feminicídio, mas esse indiciamento ainda depende de outros fatores. A CNN tenta contato com os advogados. O espaço segue aberto.
Para denunciar violência contra mulher, você pode telefonar para a Polícia Militar através do 190. Também é possível fazer a denúncia pela Central de Atendimento à Mulher pelo 180 e pelo Disque 100, que apura violações de direitos humanos.
*Sob supervisão de Luan Leão