A aprovação do plano de ocupação da cidade de Gaza, anunciada por Netanyahu, reflete a crescente influência da coalizão de direita israelense nas decisões governamentais. A medida, que inclui a retirada de habitantes palestinos da região, tem gerado preocupações sobre possíveis consequências humanitárias e políticas.
As próprias Forças de Defesa de Israel manifestaram oposição ao plano de ocupação, alertando para diversos riscos, incluindo ameaças à vida dos reféns mantidos em Gaza e o desgaste das tropas. Mesmo com o exército israelense indicando que o Hamas não representa mais uma ameaça militar significativa, a pressão política pela ocupação persiste.
Influência da coalizão de direita
Os membros da coalizão de direita no governo israelense são conhecidos por suas posições radicais. Sua atuação tem sido marcada por discursos que negam a existência do povo palestino e apoiam medidas extremas na condução do conflito.
A situação tem provocado reações internacionais, com a Alemanha anunciando a suspensão da exportação de armas para Israel. O caso também levanta questões sobre o estado da democracia israelense, exemplificado pelo recente episódio em que um parlamentar foi removido do púlpito do Knesset por expressar preocupações sobre a situação em Gaza.
A sociedade israelense, segundo pesquisas, demonstra em sua maioria o desejo de paz com os palestinos, contrastando com as posições mais extremas da atual coalizão governamental. O plano de ocupação de Gaza tem gerado debates sobre suas reais motivações e possíveis consequências para a região.