O deputado federal Reimont (PT-RJ) usou as redes sociais para dizer que acionou o Conselho Tutelar contra a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), que participou do ato da oposição que ocupou a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados com sua filha, uma bebê de quatro meses, no colo.
O ofício, endereçado ao Conselho Tutelar de Brasília, foi publicado no X (antigo Twitter) do deputado. No texto, ele afirma que a “conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional”.
“Acabei de acionar o Conselho Tutelar para tomar as devidas providências contra a deputada Júlia Zanatta que levou a filha bebê para a ocupação irregular da mesa diretora da Câmara”, escreveu Reimont na legenda da publicação, com a imagem do documento anexada.
URGENTE: acabei de acionar o Conselho Tutelar para tomar as devidas providências contra a deputada Júlia Zanatta que levou a filha bebê para a ocupação irregular da mesa diretora da Câmara. pic.twitter.com/vb3KnnjRCK
— Reimont (@Reimont) August 7, 2025
Os parlamentares ocuparam as Mesas Diretoras do Congresso com o objetivo de obstruir as atividades legislativas em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo também pressiona para que os projetos de lei que visam anistiar os condenados pelo 8 de janeiro de 2023, aprovar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e a PEC do Foro Privilegiado sejam votados.
Na noite de ontem, Zanatta sentou-se na cadeira da presidência da Casa, normalmente ocupada por Hugo Motta (Republicanos-PB), enquanto segurava sua filha no colo.
“Ninguém foi colocar polícia legislativa no Glauber, por que polícia legislativa pra gente?“, questionou Zanatta durante uma transmissão ao vivo no Instagram, onde mostrou a filha, Olívia.
“Policiais legislativos não vão ter coragem de fazer isso com a gente”, continuou. “Quero ver fazerem alguma coisa”, disse a deputada na transmissão.
Procurada pela CNN, a assessoria da deputada disse que ela não se manifestará sobre o caso.
A CNN também procurou o Conselho Tutelar de Brasília e aguarda retorno.
*Sob supervisão de Renata Souza, da CNN