A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) abrirá um inquérito que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa investigação é por suposta propagação de fake news e crimes contra a honra ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A apuração será instaurada após pedido inicial do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que encaminhou, em 7 de julho, pedido ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para apurar a divulgação, no canal de WhatsApp de Bolsonaro, de conteúdo que vinculava Lula à morte de pessoas LGBTQIA+.
A PF, porém, não abriu inquérito. A representação tramitou na PF, mas o MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal) determinou a remessa dos autos para a Polícia Civil do DF.
Após análise da denúncia na PF e com base em elementos, viu-se possível crime para ser investigado pela Polícia do DF em inquérito policial.
Nesta segunda-feira (11), a PCDF informou que ainda não foi notificada sobre o procedimento. E não há inquérito ainda aberto. O MPDFT esclareceu que o fato é novo e a remessa leva um tempo até chegar.
O caso teve origem na 5ª Vara Criminal de Brasília, a partir de uma denúncia, segundo a qual o ex-presidente Jair Bolsonaro teria veiculado, por meio do WhatsApp, uma imagem vinculando o presidente Lula ao regime de Bashar al-Assad, ex-presidente da Síria, associando-o a execuções de pessoas LGBTQIA+.
Bashar al-Assad foi o presidente da Síria de 2000 até sua queda em 8 de dezembro de 2024, após uma ofensiva rebelde que culminou na captura de Damasco. Ele sucedeu seu pai, Hafez al-Assad, que governou o país desde 1971, dando continuidade a um regime autoritário.
A Guerra Civil Síria, que eclodiu em 2011, foi marcada por violência extrema e crimes de guerra, com as forças de Assad sendo responsabilizadas por grande parte das vítimas civis.