O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky entregou ao presidente dos EUA, Donald Trump, uma carta da primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, para Melania Trump na segunda-feira (18).
“Minha esposa, a primeira-dama da Ucrânia, entregou a carta. Não é para você — é para sua esposa”, disse ele, provocando risos na sala.
Zelensky disse que a correspondência era um agradecimento a Melania por interceder por crianças ucranianas que foram sequestradas pela Rússia. No entanto, o conteúdo da mensagem não foi revelado.
Anteriormente, a primeira-dama dos EUA enviou uma carta ao presidente russo, Vladimir Putin, que foi entregue pessoalmente por seu marido em Anchorage, no Alasca, na sexta-feira. No texto, Melania pediu a Putin que protegesse “a inocência” das crianças e “nutrisse a esperança da próxima geração”.

Trump comentou sobre a carta de sua esposa a Putin, dizendo que ela tem “um grande amor por crianças”.
“Ela vê a tristeza, os pais, os funerais que você vê na televisão. Sempre funerais. Queremos ver algo além de funerais”, disse ele a repórteres na Casa Branca, acrescentando que Putin recebeu bem a carta. “Ela adoraria ver isso acabar. E ela diz isso abertamente, com muito orgulho e com grande pesar, porque tantas pessoas foram mortas.”
Crianças ucranianas sequestradas
Trump e Melania destacaram a importância da devolução das crianças ucranianas sequestradas pela Rússia durante a guerra em curso.
No entanto, o governo Trump cortou o financiamento de uma das principais organizações que rastreia evidências de crimes de guerra russos, incluindo a realocação forçada de dezenas de milhares de crianças ucranianas.
O Observatório do Conflito na Ucrânia era administrado pelo Humanitarian Research Lab da Universidade de Yale e foi criado com apoio do Departamento de Estado em 2022 para “captar, analisar e tornar amplamente disponíveis as evidências de crimes de guerra e outras atrocidades perpetradas pela Rússia na Ucrânia”.
O grupo produziu relatórios sobre uma série de supostos crimes de guerra russos, incluindo a extensão dos esforços de Moscou para realocar, reeducar e, às vezes, treinar militarmente ou entregar à adoção forçada crianças ucranianas.