Produtos sem formaldeído para alisar cabelo também podem trazer riscos

Produtos para alisar cabelos sem formaldeído, conhecido como formol, ganharam espaço nos salões por serem vistos como alternativas mais seguras em relação às versões que contêm o químico.

No entanto, um estudo publicado na revista Clinical Toxicology nessa quinta-feira (28/8) mostra que esses produtos podem estar ligados a problemas de saúde importantes, especialmente relacionados ao funcionamento dos rins.

O formaldeído é um ingrediente conhecido dos alisadores capilares e já foi proibido em diversos países por liberar gases tóxicos quando aquecido. A exposição repetida pode causar desde irritações nos olhos e na pele até doenças graves, como câncer e asma.

Com as restrições, muitas marcas passaram a oferecer versões sem a substância. A expectativa era de que esses produtos fossem mais seguros, mas os pesquisadores chamam atenção para outro componente usado em sua formulação, o ácido glioxílico. Presente em diversos produtos, ele atua como agente alisante, mas também pode afetar os rins.

Casos registrados em Israel

O estudo acompanhou 13 pacientes entre 15 e 53 anos que precisaram de atendimento médico após passarem por procedimentos de alisamento em salões de beleza de Tel Aviv, em Israel. Poucas horas depois dos tratamentos, elas apresentaram sintomas como vômitos, dor abdominal e irritações no couro cabeludo.

Doze dessas pacientes desenvolveram lesão renal aguda, caracterizada por alterações nos exames de sangue e urina. Nenhuma delas chegou a precisar de hemodiálise, e todas receberam alta após alguns dias de internação, mas o caso reforça a necessidade de maior atenção aos riscos.

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Os pesquisadores destacam ainda que muitos salões visitados pelas pacientes tinham ventilação inadequada e que o tratamento rápido fez diferença em pelo menos um dos casos. Uma das mulheres, atendida logo após os sintomas, conseguiu evitar complicações graves ao receber vitaminas do complexo B que ajudam o corpo a metabolizar o ácido glioxílico.

Embora o número de casos analisados seja pequeno, os autores defendem que mais estudos e medidas regulatórias sejam adotados para avaliar melhor a segurança desses produtos e evitar novos episódios.

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Fonte: Metrópoles

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