Rodrigo Paz e Jorge “Tuto” disputam presidência da Bolívia em 19 de outubro

Os candidatos Rodrigo Paz, do PDC (Partido Democrata Cristão) e Jorge “Tuto” Quiroga, da coalizão Alianza Libre, vão se enfrentar na disputa pela presidência da Bolívia em segundo turno, no dia 19 de outubro.

A apuração do primeiro turno, realizado neste domingo (17) mostra que Paz obteve 32,2% dos votos, enquanto Quiroga somou 26,9%.

Liderando as urnas, Rodrigo Paz convocou seus apoiadores a se mobilizarem por uma “vitória retumbante” no segundo turno. Durante um evento público na noite deste domingo, Paz pediu a seus apoiadores que conversassem com os moradores e reunissem apoio. Ele afirmou que seu projeto é “de todos e para todos” e que é necessário incluir a maioria para governar com força.


Rodrigo Paz, candidato à presidência da Bolívia, em discurso após divulgação dos resultados oficiais do 1° turno • Reuters

Já Queiroga comemorou sua chegada ao segundo turno e o parabenizou o adversário após o anúncio dos resultados preliminares.

“A Bolívia disse ao mundo que queremos viver em uma nação livre. É uma noite histórica”, afirmou em um evento público após o anúncio dos resultados preliminares. Jprge QEle também enfatizou que o país caminha para “um futuro melhor” graças “ao poder do voto”.


Jorge “Tuto” Queiroga, candidato à presidência da Bolívia, em evento realizado após o 1° turno das eleições • Reuters

Rodrigo Paz

Com uma trajetória marcada pela política antes mesmo de seu nascimento, o senador e candidato Rodrigo Paz busca seguir os passos de seu pai, o ex-presidente boliviano Jaime Paz Zamora (1989-1993), e escrever sua história à frente do Palácio Quemado.

Paz Pereira, que venceu o primeiro turno das eleições presidenciais neste domingo e disputará o segundo turno contra o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, nasceu em 1967, a milhares de quilômetros dos Andes, na Espanha, quando sua família estava exilada durante o período de ditaduras militares em seu país.

Após seus primeiros anos no exterior, ele estudou em La Paz. Ele tinha 12 anos quando seu pai foi o único sobrevivente de um suposto ataque aéreo.

Ele estudou economia e relações internacionais e obteve mestrado em gestão política pela American University, em Washington. Em 2002, ingressou no Congresso como representante do departamento de Tarija, mas entre 2010 e 2020 retornou à cidade homônima, onde atuou primeiro como vereador e depois como prefeito. Nos últimos cinco anos, atuou como senador nacional pela aliança Comunidade Cidadã, liderada pelo ex-presidente Carlos Mesa.

Sua campanha em Tarija, principal região produtora de gás e conhecida como “o bolso do país”, com suas demandas por autonomia, esclarece por que sua campanha se concentra na descentralização do estado para fornecer mais orçamentos aos departamentos.

O plano de governo do Partido Democrata Cristão, intitulado Agenda 50/50, é organizado em torno de três pilares. O primeiro fala de um “asfixiante” em que o estado concentra quase 85% do orçamento nacional e defende um modelo que redistribua os recursos pela metade, uma para o nível central e a outra para entidades territoriais e universidades públicas.

Jorge “Tuto” Quiroga

Vinte e quatro anos depois de se tornar um dos presidentes mais jovens da história da Bolívia após três tentativas frustradas, Jorge Quiroga busca retornar ao topo do Executivo.

O candidato da aliança Liberdade e Democracia (concorrendo sob o nome Libre) mantém sua imagem de tecnocrata comprometido com a abertura econômica, os mercados internacionais, o controle de gastos e a modernização do Estado.

“Tuto”, como é popularmente conhecido, foi membro da oposição de direita durante as duas décadas quase ininterruptas do Movimento ao Socialismo (MAS). Neste domingo, ele avançou para o segundo turno, em 19 de outubro, onde enfrentará o primeiro colocado do primeiro turno, Rodrigo Paz Pereira.

Nascido em Cochabamba em 1960, Quiroga estudou engenharia industrial no Texas e obteve mestrado em administração de empresas. Ele também trabalhou para a multinacional IBM e retornou à Bolívia em 1988.

Sua passagem pelo setor privado em seu país foi breve antes de ingressar na política. Quiroga filiou-se à Ação Democrática Nacionalista (ADN), partido fundado por Hugo Banzer, com o qual buscava atingir o marco de retornar ao poder pelas urnas.

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