As marinhas russa e chinesa estão realizando exercícios de artilharia e antissubmarino no Mar do Japão como parte de treinos conjuntos programados, informou a Frota Russa do Pacífico neste domingo (3).
Os exercícios ocorrem dois dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar ter ordenado o posicionamento de dois submarinos nucleares nas “regiões apropriadas”, em resposta a comentários do ex-presidente russo Dmitry Medvedev. No entanto, os exercícios foram programados bem antes da ação de Trump.
A agência de notícias russa Interfax citou a Frota do Pacífico, afirmando que embarcações russas e chinesas estavam se movimentando em um destacamento conjunto, incluindo um grande navio antissubmarino russo e dois contratorpedeiros chineses.
A Interfax também informou que submarinos diesel-elétricos dos dois países também estavam envolvidos, bem como um navio de resgate de submarinos chinês. As manobras fazem parte dos exercícios intitulados “Interação Marítima-2025”, que estão programados para terminar na terça-feira (5).
A Interfax informou que marinheiros russos e chineses realizariam disparos de artilharia, praticariam missões antissubmarino e de defesa aérea e aprimorariam as operações conjuntas de busca e salvamento no mar.
Rússia e China, que assinaram uma parceria estratégica “sem limites” pouco antes de a Rússia entrar em guerra na Ucrânia em 2022, realizam exercícios militares regulares para ensaiar a coordenação entre suas forças armadas e enviar um sinal dissuasor aos adversários.
Trump disse que sua ordem de submarinos na sexta-feira (1°) foi feita em resposta ao que ele chamou de comentários “altamente provocativos” do ex-presidente russo sobre o risco de guerra entre os adversários com armas nucleares.
Rússia e Estados Unidos possuem, de longe, os maiores arsenais nucleares do mundo. É extremamente raro que qualquer um dos países discuta a implantação e a localização de seus submarinos nucleares.
Os comentários do presidente americano ocorreram em um momento de crescente tensão com Moscou, à medida que ele se mostra cada vez mais frustrado com a falta de progresso no encerramento da guerra na Ucrânia.