Tião Bocalom, prefeito de Rio Branco, estica sua agenda institucional em visitas a alguns municípios, enquanto admite avaliar uma possível pré-candidatura ao Governo do Acre. Faz isso contrariando o grupo político que o reelegeu e que, claramente, trabalha para a eleição da vice-governadora, Mailza Assis (PP), a quem o prefeito já negou apoio.
Nesta segunda-feira, o gestor da capital, a maior rejeição dentre os pretensos governadoráveis, não mereceu ser recebido pelo diretor-geral da Rádio Difusora, o jornalista Jeffson Dourado. Nenhum diretor compareceu. Apenas alguns âncoras posaram para a foto que, segundo a assessoria do prefeito, marcou a “visita de cortesia” em comemoração aos 81 anos da “Voz das Selvas”.
A emissora é controlada pelo Governo do Estado. A direção entendeu não haver a necessidade de um ato solene em razão da visita do prefeito e deu prioridade a outras agendas.
Em tempo: não seria oportuno no instante em que o prefeito abusa da confiança do governador.
Gladson, aliás, se mantém discreto, calado, mas, por sua vez, também não compareceu ao ato de filiação do senador Márcio Bittar ao PL, na última sexta-feira.
Bittar atua em Brasília para capitalizar Bocalom candidato. Ele disse horas antes do evento que o governo teria a obrigação de declarar apoio a ele, “e não o contrário”, sendo mais um do entorno de Bocalom a rejeitar a candidatura de Mailza.