Eleito à presidência da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf atribui aos esforços do setor privado e das grandes empresas a lista de exceções ao tarifaço dos Estados Unidos.
“Vários produtos acabaram retornando para os 10% graças a contatos de setores e empresas que suas contrapartes americanas tiveram a possibilidade de conseguir um resultado”, afirmou Skaf em entrevista ao CNN 360º, nesta terça-feira (6).
Pouco menos da metade da pauta exportadora do Brasil aos EUA foi poupada da alíquota de 50%, mantendo cobrança em 10%. Por outro lado, as demais serão atingidas pela taxa mais dura.
Nesse sentido, o industrial vê uma exposição dos pequenos negócios, que, segundo ele, vão precisar de um apoio maior para encarar o tarifaço.
“O que nós precisamos é ter essa mesma condição [exceção do tarifaço] para pequenas e médias empresas, ou mesmo para grandes empresas que não tenham essa mesma facilidade [de diálogo]”, disse o empresário
Escolhido para retornar ao comando da Fiesp na segunda-feira (4), Skaf escalou o ex-diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) Roberto Azevêdo para comandar o Conselho de Relações Internacionais da entidade diretamente de Nova York a partir de 2026.
Segundo o futuro presidente, esse trabalho de “diplomacia empresarial” vai ser iniciado com foco nos EUA por conta do cenário atual, e este será um trabalho permanente exatamente para poder auxiliar as indústrias paulistanas a acessarem o mercado norte-americano pelo diálogo.
Com informações de Danilo Moliterno, da CNN
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