As “onças brasileiras” — como são chamados os estados considerados novos motores da economia, em referência aos “tigres asiáticos” — foram menos beneficiadas pelas exceções estabelecidas às tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostra pesquisa Futura/Apex.
Cerca de 45% das exportações do Brasil foram incluídas na lista de exceções que consta na ordem executiva da Casa Branca. Agora, quando consideradas apenas as vendas das “onças”, o percentual poupado cai para 30%.
De forma geral, isso se dá porque estes estados têm agronegócio desenvolvido e vendem alimentos que ficaram fora da relação. Aproximadamente 89% das vendas de café tiveram origem nas “onças”; além de 73% das carnes.
Fazem parte do grupo de estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
As onças brasileiras exportaram, em 2024, cerca de R$ 159,7 bilhões, dos quais 9% ou US$ 14,4 bilhões tiveram como destino os Estados Unidos. Isso representa 36% do total das vendas do Brasil para o mercado americano, que totalizaram US$ 40,3 bilhões no ano passado.
Os estados que mais se beneficiaram das exceções, segundo a pesquisa, foram: Maranhão (91% de suas exportações poupadas), Sergipe (76%) e Rio de Janeiro (68%).