O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (6/8), que o governo federal elabora um plano de contingência, no âmbito do tarifaço, voltado aos pequenos produtores que não têm como ampliar os mercados.
Segundo Haddad, a maior preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o pequeno produtor. “Vamos ter o plano muito detalhado para começar a atender, sobretudo, aqueles que são pequenos e não têm alternativas à exportação para os EUA, que é a preocupação maior do presidente: o pequeno produtor”, disse a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda.
Tarifaço de 50%
A partir desta quarta-feira, boa parte das exportações brasileiras serão sobretaxadas em 50% para entrar nos Estados Unidos. A medida faz parte de um conjunto de medidas protecionistas impostas pelo presidente Donald Trump.
O tarifaço de Donald Trump
- O presidente norte-americano Donald Trump assinou, em 31 de julho, ordem executiva que oficializou a tarifa de 50% contra os produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.
- Na prática, os 50% são a soma de uma alíquota de 10% anunciada em abril, com 40% adicionais anunciados no começo do mês e oficializados na última quarta-feira (30/7).
- Apesar disso, o líder norte-americano deixou quase 700 produtos fora da lista de itens afetados pela tarifa extra de 40%. Entre eles, suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro.
- Os produtos isentos dessa segunda leva serão afetados apenas com a taxa de 10%.
As tarifas entraram em vigor nesta quarta-feira (6/8).
O ministro da Fazenda afirmou que o plano de contingência contra o tarifaço será enviado ao presidente Lula ainda hoje. De acordo com Haddad, a proposta está finalizada e aguarda o aval do petista.
O anúncio do pacote, no entanto, cabe ao presidente Lula.
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Haddad também disse que, provavelmente, o plano será feito em formato de medida provisória (MP). Isso porque uma MP tem efeitos imediatos, ou seja, já vale ao mesmo tempo em que tramita no Congresso Nacional, mas depende de aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para virar lei.
Fonte: Metrópoles