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Temos nociva polarização política que gera reflexos, diz Moraes

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Temos nociva polarização política que gera reflexos, diz Moraes

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira (22) que há hoje uma “nociva polarização política” no país, responsável por causar consequências econômicas e sociais.

“Temos, por óbvio, uma nociva polarização política que gera reflexos. Gera reflexos econômicos, sociais, familiares, pessoais, e que precisamos superar. Mas nós conseguimos. O Brasil que infelizmente tem um histórico de golpe de Estado, o Brasil que tem um histórico de regimes de exceção, República brasileira começa em 1889 já em estado de Sítio”, declarou Moraes durante vento do 24º Fórum Empresarial do Lide, no Rio de Janeiro.

O magistrado, que sofreu recentemente sanções do governo americano, é responsável por relatar o processo criminal que julga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compõem o banco dos réus.

Moraes foi sancionado com base na Lei Magnitsky, que mira pessoas acusadas de violações aos direitos humanos. A decisão citava o processo envolvendo Bolsonaro.

Ainda ao discursar, o ministro do Supremo menciona que há um “caminho falso” que corrói os valores da democracia, englobando a impunidade, omissão e, como acrescenta, a covardia.

“A história nos ensina que impunidade, omissão e covardia podem em um primeiro momento parecer o caminho mais rápido, mais fácil para acabar com os problemas. É um caminho falso. Impunidade, omissão e covardia nunca deram certo na história pra nenhum país do mundo”, prossegue. “Todos os países que optaram por esse trinca de impunidade, omissão e covardia acabaram corroendo os valores mais importantes da democracia.”

Em relação à covardia, Moraes faz referência ao ditador alemão Adolf Hitler. Segundo ele, em determinado momento da história, teriam confundido “covardia” com “apaziguamento”, o que impediu que Hitler fosse enfrentado corretamente, permitindo com que ele dominasse parte da Europa em meados do século 20.

Outro ponto trazido à tona pelo magistrado foram o que chamou que “ataques aos três pilares das democracias ocidentais”, o que inclui a imprensa, as eleições livres e a independência do Poder Judiciário. Elas, conta ele, seriam atacadas por meio de discursos que confundem a liberdade de expressão com “liberdade de agressão”.

“Sempre o mesmo discurso: o primeiro: sempre a confusão deliberada e dolosa entre liberdade de expressão com liberdade de agressão. Entre dizer que a livre manifestação de pensamento permite discurso discriminatório de ódio, misógino, racista, homofóbico, antissemita”, argumentou o ministro do Supremo, que também fez outra referência ao governo de Adolf Htiler, dessa vez ao ministro da propaganda do Nazista Alemão.

“Todos lembram de Goebbels. Uma mentira dita mil vezes vira uma verdade, e ele nem tinha a época os algoritmos direcionados ideologicamente das big techs, imagina se tivesse”, finalizou.

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