Marc-André ter Stegen rebateu as sugestões de que seria o responsável pela dificuldade do clube em registrar novos jogadores.
Nesta sexta-feira (8), o goleiro afirmou que sua cirurgia nas costas e o prazo de recuperação foram totalmente aprovados pelos atuais campeões espanhóis.
O cronograma de reabilitação de três meses do alemão, de 33 anos, criou um problema inesperado para o Barcelona, que esperava usar a lesão para aliviar as restrições do Fair Play Financeiro da LaLiga.
O clube havia pedido que ele assinasse um afastamento médico de longo prazo, o que permitiria liberar 80% de seu salário até a metade da temporada e cumprir as regras da liga, abrindo espaço para inscrever novos jogadores.
“Gostaria também de esclarecer — diante de certas especulações — que todas as contratações e renovações foram concluídas antes da minha cirurgia”, explicou Ter Stegen.
“Portanto, em nenhum momento considerei que minha infeliz situação, com a nova cirurgia que precisei fazer, seria necessária para o registro de outros colegas. Qualquer interpretação contrária me parece injusta e imprecisa”, concluiu.
O goleiro acredita na resolução amigável com o clube: “Entendo que momentos difíceis podem gerar tensão, mas confio que, por meio do diálogo e da responsabilidade, possamos resolver a situação de forma construtiva. Estou totalmente disposto a colaborar com a diretoria para resolver o assunto e fornecer a autorização solicitada.”
O Barça contratou no mês passado o goleiro Joan García, de 24 anos, do Espanyol, e o atacante Marcus Rashford, por empréstimo do Manchester United.
Mesmo com a nova temporada da LaLiga prevista para começar em 15 de agosto, ambos ainda não foram registrados.
Entenda a polêmica
No entanto, o anúncio de Ter Stegen nas redes sociais, de que ficaria fora por apenas três meses, irritou a diretoria. As regras da LaLiga exigem que o afastamento seja de pelo menos quatro meses para caracterizar lesão de longa duração.
“A decisão de passar pela cirurgia foi tomada após consulta com profissionais médicos e totalmente aprovada pelo clube”, disse o goleiro em nota no Instagram, um dia depois de perder a braçadeira de capitão.
“Além disso, anunciei publicamente o tempo mínimo de recuperação que me foi informado pelos especialistas mais conceituados e sempre em coordenação com o clube.”
A polêmica expõe novamente as dificuldades financeiras do Barcelona para registrar reforços.
Na temporada passada, o clube chegou a recorrer ao Conselho Superior de Esportes da Espanha para tentar inscrever Dani Olmo e Pau Victor até o fim do campeonato, após a LaLiga afirmar que não havia espaço nas contas para os dois jogadores.
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