TIM: dificuldade em acesso de brasileiros aos EUA pode impactar roaming

Uma eventual restrição no acesso de brasileiros aos Estados Unidos pode impactar as receitas da TIM com serviços de roaming, afirmou à Reuters o presidente-executivo da operadora, Alberto Griselli.

Segundo ele, embora a receita com roaming represente uma parcela pequena do faturamento total da empresa, possíveis dificuldades na entrada de brasileiros nos EUA podem afetar a operadora.

O governo norte-americano anunciou na quinta-feira (21) que mantém uma análise de mais de 55 milhões de estrangeiros que possuem vistos válidos para os EUA, incluindo os que já receberam permissão para entrar no país, com o objetivo de identificar possíveis violações que possam resultar em deportações.

 

A Casa Branca também informou nessa semana que o Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA passará a considerar manifestações de “antiamericanismo” como critério nas análises de solicitações de visto.

“A gente pode ser impactado pelo roaming…O roaming tem um peso pequeno para nós, mas (é) crescente, porque formatamos toda nossa oferta no pós-pago e controle para ter roaming”, disse Griselli em entrevista à Reuters no evento do Lide.

“Por enquanto, não vemos impacto, mas se houver uma restrição muito grande, será algo a menos que nós teremos”, acrescentou o executivo.

Na semana passada, a maior agência de viagens do Brasil, CVC, citou que incertezas sobre a política de imigração dos EUA atingiram a demanda por viagens para o país e ajudaram a pressionar o resultado da empresa no primeiro semestre.

Com relação às tarifas dos EUA sobre o Brasil, Griselli afirmou que o impacto sobre o setor de telecomunicações é limitado e que fatores macroeconômicos como câmbio, inflação, juros e mercado de trabalho têm influência mais significativa.

“Estamos crescendo receita, expandindo margem, remuneração aos acionistas, a despeito da conjuntura”, afirmou, reforçando perspectiva de cumprimento das previsões da empresa para o ano.

A TIM Brasil, controlada pela Telecom Italia, prevê para este ano alta de cerca de 5% na receita de serviços e avanço 6% a 8% no resultado operacional medido pelo Ebitda.

Griselli também disse que a empresa está atenta ao crescimento global do mercado de data centers, mas afirmou que a TIM não tem planos de construir ou operar diretamente esses centros, nem de se tornar uma operadora desses serviços, embora avalie a possibilidades de atuação em nichos desse novo mercado.

“Não participamos do segmento de data centers, mas utilizamos os data centers… no segmento corporativo, estamos avaliando se podemos integrar nosso serviço com o de cloud.”

Segundo o executivo, a TIM ainda não possui “competência” para integração, mas pode buscar oportunidades de mercado por meio da aquisição de ativos no segmento.

A rival Telefônica Brasil anunciou no início do mês uma parceria de cerca de R$ 4 bilhões com a empresa de saneamento de São Paulo, Sabesp, para investimentos e operação de hidrômetros “inteligentes”.

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