O cantor Gilberto Gil, 83, abriu o coração ao falar sobre a morte da filha, Preta Gil, no último domingo (10).
O músico esteve no programa “Fantástico”, da TV Globo, onde refletiu sobre a jornada da cantora e seus momentos finais. Preta Gil faleceu em 20 de julho, após uma batalha de mais de dois anos contra o câncer.
Na ocasião, o artista também relembrou a perda do primogênito, Pedro Gadelha Gil Moreira, que morreu aos 19 anos em acidente de carro.
“Quando eu perdi meu outro filho lá atrás, me queixei de que era esquisito a gente enterrar os filhos. Com a Preta, a gente teve tempo de, de uma certa forma, irmos nos acostumando com a ideia”, disse Gil. “O diagnóstico foi, logo de início, muito duro. As possibilidades dela se curar eram pequenas.”
O artista disse que a família ainda está se acostumando com a falta de Preta. “Nós estamos naturalmente tristes […] Preta era uma menina muito cheia de vida, muito intensa no sentido afetivo. Ao mesmo tempo, ela já vinha com um sofrimento prolongado, de três anos, quase”.
Ainda, o cantor revelou que a família ainda está indecisa sobre o destino das cinzas de Preta. “Dentre os vários pedidos que ela tinha, um deles era de que o corpo dela fosse cremado e que as cinzas fossem distribuídas, de uma certa forma, entre as pessoas da família, dos amigos.”
“Tem gente que quer usar as cinzas dela para fazer uma espécie de jóia. Tem gente que quer ter, quem sabe, um tiquinho das cinzas dela em casa, talvez seja o caso da família, jogar um pouquinho no jardim de uma das casas, na beira do mar da casa lá da Bahia”, contou.
Gilberto Gil à CNN: “A morte faz parte da vida”
*Publicada por Nicoly Bastos, da CNN.
Sempre tive orgulho, diz Gilberto Gil sobre carreira de Preta na música