A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que buscou refúgio na Itália com respaldo de sua cidadania italiana, enfrenta uma situação cada vez mais complexa após acumular duas condenações no STF (Supremo Tribunal Federal ), que somam mais de 15 anos de prisão.
A situação da parlamentar se agravou com o bloqueio dos bens de seu marido, Agnaldo de Oliveira, que atuava como sua principal rede de apoio na Europa. Com as contas bancárias bloqueadas, ele não pôde mais permanecer em Roma, tendo sido visto pela última vez em Israel.
Durante o Agora CNN, a âncora Débora Bergamasco avalia a situação da deputada, que segue na Itália, e explica porque ela está “esquecida” no país.
Conflitos familiares e dificuldades financeiras
Em meio às dificuldades, uma nova polêmica surgiu quando seu irmão, o deputado estadual Bruno Zambelli (PL-SP), lançou uma vaquinha virtual para arrecadar fundos para a defesa da parlamentar.
A iniciativa, no entanto, não foi autorizada pela defesa de Carla Zambelli, evidenciando as tensões familiares existentes.
O isolamento de Zambelli se estende também à esfera política. Sua decisão de deixar o Brasil foi tomada sem consultar membros de seu partido ou outros aliados políticos, o que gerou críticas e maior distanciamento. A situação atual contrasta com seu período de maior influência política, quando mantinha forte proximidade com diversos atores do cenário nacional.
Bergamasco avalia ainda que o afastamento político de Carla Zambelli começou em 2022, após o episódio em que ela perseguiu um jornalista pelas ruas de São Paulo, portando uma arma, incidente que impactou negativamente sua trajetória e que a acarretou uma sentença de 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.