Advogado nega envolvimento de Bolsonaro na tentativa de golpe de estado e apela: “30 anos de prisão não seria justo”

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (3) que o ex-presidente não atentou contra a democracia, não discutiu minuta golpista e não tem ligação com os atos violentos do 8 de Janeiro.

As declarações foram feitas pelos advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, durante a apresentação de alegações, no julgamento, na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), do chamado “núcleo crucial” da trama golpista. Para ele, uma condenação de 30 anos não seria justa.

🔎O que pesa contra Bolsonaro? A investigação da Polícia Federal coloca Bolsonaro como planejador, dirigente e executor dos atos que levariam ao golpe de Estado. Um dos trechos do relatório afirma: “Tinha plena consciência e participação ativa” nas ações do grupo. Já a Procuradoria-Geral da República afirmou, em denúncia, que o ex-presidente liderou uma organização criminosa que praticou “atos lesivos” contra a ordem democrática e que estava baseada em um “projeto autoritário de poder”.

“Vou demonstrar cuidadosamente: ele [Bolsonaro] não atentou contra o estado democrático de direito, e não há uma única prova. Esse papel, essa minuta, essa questão, esse depoimento, não há uma única prova que atrele o presidente a Punhal Verde Amarelo, a Operação Luneta e ao 8 de Janeiro”, disse Celso Vilardi.

“Aliás, nem o delator — que eu sustento que mentiu contra o presidente da República —, nem ele chegou a dizer [que houve] participação em Punhal, em Luneta, em Copa [parte do plano Punhal Verde Amarelo, segundo a PGR], em 8 de Janeiro. Nem o delator [diz], não há uma única prova”, completou o advogado de Bolsonaro.

Condenação

Na apresentação das alegações finais – etapa anterior ao julgamento – a PGR reforçou o pedido de condenação do grupo crucial, composto por Bolsonaro, pelos cinco crimes.

O Ministério Público quer a soma das penas, o que pode fazer com que a punição chegue a 43 anos de prisão. A decisão quanto ao eventual tempo de pena será dos ministros da Primeira Turma.

Série de Ângela Diniz traz ponto de vista de mulheres, explicam produtoras

A nova série sobre a socialite Ângela Diniz promete revisitar um dos casos mais emblemáticos da história criminal brasileira sob uma ótica completamente feminina. “Ângela...

Começa reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio sobre tarifaço

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, recebe o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, nesta quinta-feira (13), em Washington, para...

O que disseram moradores sobre violência policial na megaoperação no RJ

Um relatório entregue para Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), elaborado pela ouvidoria da Defensoria Pública do Estado do Rio de...