A equipe Alpine, atualmente na lanterna do Campeonato Mundial de Construtores da Fórmula 1, decidiu concentrar todos os seus esforços no desenvolvimento do carro para a próxima temporada, revelou o piloto francês Pierre Gasly.
Segundo ele, a estratégia visa colher frutos em 2026, mesmo que isso custe uma performance abaixo do esperado neste ano.
Com apenas 24 pontos somados — todos conquistados por Gasly — a equipe está 24 pontos atrás da Haas, penúltima colocada, restando ainda oito etapas das 24 previstas no calendário.
“Tomamos decisões táticas para não desenvolver o carro de 2025 e interrompemos o desenvolvimento muito cedo”, explicou Gasly em entrevista antes do Grande Prêmio do Azerbaijão.
“Fomos impactados por algumas mudanças no regulamento durante o ano, o que fez com que começássemos razoavelmente bem, mas perdêssemos desempenho ao longo da temporada, enquanto outras equipes conseguiram evoluir um pouco mais.”
O francês destacou que, devido ao equilíbrio do grid, diferenças mínimas fazem grande impacto no resultado: “Duas ou três décimas a mais ou a menos te colocam no top 10 ou lá no fim do pelotão. Infelizmente, estamos mais para o fundo. Mas sabemos por que estamos nessa situação e acredito que todo o esforço que estamos fazendo será recompensado nos próximos meses”.
A temporada de 2026 marcará o início de uma nova era na Fórmula 1, com novos regulamentos técnicos e a adoção de novos motores. A Alpine, atualmente equipada com unidades de potência Renault, passará a utilizar motores Mercedes a partir do próximo ano.
A definição da dupla de pilotos para 2026 ainda está em aberto. O argentino Franco Colapinto, que substituiu o australiano Jack Doohan, é atualmente o companheiro de Gasly, mas ainda não teve o contrato confirmado para a próxima temporada.
Vale lembrar que a equipe já teve dias de glória no passado, quando competia sob os nomes Benetton e Renault, conquistando títulos nas décadas de 1990 e 2000 sob a liderança do italiano Flavio Briatore, que continua à frente da escuderia.
(Reportagem de Alan Baldwin em Londres, edição de Pritha Sarkar)