A campeã olímpica Masai Russell acredita que o nível “insano” de competitividade nos 100 metros com barreiras deve levar à quebra do recorde mundial em breve — e não descarta ser a primeira mulher a correr abaixo dos 12 segundos na prova.
Aos 25 anos, a norte-americana tem sido dominante nesta temporada, registrando três dos cinco melhores tempos do ano. Entre eles está a marca impressionante de 12s17 alcançada em maio, na Flórida, apenas cinco centésimos acima do recorde mundial de 12s12 da nigeriana Tobi Amusan.
Além de Amusan, outras estrelas vêm mostrando força em 2025, como as também norte-americanas Grace Stark e Tia Jones, a jamaicana Ackera Nugent e a holandesa Nadine Visser.
Quase todas estarão em ação no Mundial de Atletismo, que começa neste domingo (14), aumentando a expectativa por tempos históricos.
“Quando há um grupo de mulheres dispostas a competir e correr cada vez mais rápido, acredito que é totalmente possível baixar dos 12 segundos”, disse Russell, na véspera da competição.
A velocista destacou que os padrões da prova mudaram radicalmente.
“Em 2016 ou 2017, você saía com uma medalha correndo em 12s5 ou 12s4. Hoje, se não fizer 12s3, nem chega à final, e ainda pode ser derrotada com 12s2. Isso é inacreditável”.
Segundo Russell, o segredo do desempenho recente está em um alter ego competitivo que adota nas pistas.
“O que me diferencia é esse lado que encontrei em mim. Sempre soube que tinha talento, mas precisei descobrir quem era Masai de verdade. Eu sei que posso correr abaixo dos 12 segundos e não tenho medo de assumir isso. Quero um recorde, um marco. Esse é o meu objetivo”.
(Reportagem de Nick Mulvenney, edição de Peter Rutherford)