O ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a revogação da prisão preventiva de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam. O rapper estava detido desde julho de 2023, em uma situação que gerou diversos questionamentos sobre sua fundamentação legal.
O caso teve início em 22 de julho, quando Oruam se entregou à polícia após um incidente envolvendo agentes da polícia civil que foram até sua residência na zona oeste do Rio de Janeiro. Os policiais buscavam cumprir um mandado de prisão contra outra pessoa que supostamente estaria no local.
Confronto e prisão
Durante a operação policial, houve um confronto em que pessoas próximas ao local teriam arremessado pedras contra as viaturas policiais. No período que antecedeu sua prisão, Oruam vinha fazendo críticas públicas à forma como a polícia conduzia investigações sobre o conteúdo de suas músicas, que abordam o cotidiano das comunidades cariocas.
As composições de Oruam frequentemente retratam a realidade das comunidades do Rio de Janeiro e suas experiências pessoais. Conforme a analista de política, Julliana Lopes, a sustentabilidade da prisão preventiva e os indícios que mantiveram o rapper detido por tanto tempo foram alvos de críticas por parte de defensores dos direitos humanos e seus apoiadores.