Na última quarta-feira (3), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez sua sustentação no julgamento do plano de golpe. O advogado Celso Vilardi disse que “não há uma única prova” contra Bolsonaro. A análise é de Caio Junqueira no CNN Prime Time.
Segundo o analista, a defesa não apresentou novos elementos que possam comprovar a inocência do ex-presidente no inquérito que investiga a existência de um suposto plano de golpe de Estado. Para ele, os advogados Celso Vilardi e Paulo Bueno concentraram-se em reiterar teses já apresentadas anteriormente nas alegações finais.
A argumentação da defesa focou em três pontos principais da acusação, buscando desvincular Bolsonaro das suspeitas. Os advogados contestaram as conexões estabelecidas entre seu cliente e o plano de assassinato de autoridades, sua possível participação nos atos de 8 de janeiro e seu suposto envolvimento na elaboração de uma minuta golpista.
Em relação ao plano de assassinato de autoridades, a defesa argumentou que não existem provas ou indícios de que Bolsonaro tinha conhecimento do planejamento, mesmo diante da informação de que o general Mario Fernandes visitou o Palácio do Alvorada 40 minutos após imprimir o documento relacionado ao plano.
Sobre os atos de 8 de janeiro, Caio explica que os advogados abordaram a questão das manifestações em frente aos quartéis, que teriam originado os acontecimentos posteriores. Quanto à minuta do plano de golpe, a defesa sustentou que não há evidências concretas da participação direta de Bolsonaro em sua elaboração, argumentando que as provas existentes são apenas testemunhais.
Para Caio, a apresentação oral dos advogados, embora não tenha trazido novidades em termos de conteúdo, reforça os argumentos já expostos em fases anteriores do processo.