A balança comercial brasileira registrou superávit (quando exportações superam importações) de US$ 6,13 bilhões em agosto, conforme informado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira (4/9). Houve alta de 35,8% em relação ao mesmo período de 2024, que registrou saldo positivo de US$ 4,52 bilhões.
Este foi o melhor resultado da balança comercial para meses de agosto desde 2023, bem como o terceiro maior da série histórica para o período, segundo o MDIC.
A balança comercial contabiliza os valores das importações e das exportações de mercadorias. Um saldo positivo (superávit) significa que o país exporta mais do que importa, enquanto um saldo negativo (déficit) indica o contrário.
O MDIC informou que na comparação com agosto de 2024:
- As exportações subiram 3,9% e somaram US$ 29,86 bilhões em agosto.
As importações caíram 2% e totalizaram US$ 23,73 bilhões em agosto.
Em 2025 (de janeiro a agosto), a balança comercial acumula saldo positivo de US$ 48,8 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 227,58 bilhões (alta de 0,5%) e as importações somaram US$ 184,77 bilhões (crescimento de 6,9%).
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A corrente de comércio, soma das importações e exportações, alcançou US$ 53,59 bilhões em agosto, crescimento de 1,2% com relação a 2024. No acumulado do ano, o número chegou a US$ 412,35 bilhões.
Destaques das exportações em agosto
- Agropecuária: US$ 6,66 bilhões (aumento de 8,3%)
- Indústria Extrativa: US$ 7,26 bilhões (alta de 11,3%)
- Indústria de transformação: US$ 15,77 bilhões (queda 0,9%)
Destaques das importações em agosto
- Agropecuária: US$ 0,44 bilhão (crescimento de 0,4%)
- Indústria Extrativa : US$ 1,76 bilhão (elevação de 26,5%)
- Indústria de transformação: US$ 21,39 bilhões (recuo de 3,8%)
Exportações aos EUA caem em agosto, diz MDIC
As exportações brasileiras aos Estados Unidos caíram 18,5% em agosto em comparação ao mesmo mês de 2024. A queda no número de mercadorias vendidas para os norte-americanos ocorrem após o governo de Donald Trump impor, em 6 de agosto, tarifas unilaterais de 50% sobre produtos comprados do Brasil. As importações de bens dos EUA, no entanto, subiram 4,6%.
Mesmo com a redução, os EUA foram o segundo principal destino das exportações brasileiras em agosto, ficando atrás apenas da China, conforme dados do MDIC.
Embora tenha registrado superávit em agosto, a balança comercial brasileira segue sendo deficitária com os Estados Unidos. O saldo negativo da relação comercial entre os países é de US$ 1,23 bilhão.
No acumulado do ano, as exportações para os EUA cresceram 1,6% e atingiram US$ 26,58 bilhões e as importações cresceram 11,4% e totalizaram US$ 29,97 bilhões. A comparação é feita sempre em relação ao mesmo período do ano anterior. A balança comercial apresentou déficit de US$ 3,39 bilhões e a corrente de comércio subiu 6,6% (US$ 56,55 bilhões).
Outros parceiros comerciais
As exportações para a Argentina cresceram 40,4% em agosto (US$ 1,64 bilhão), enquanto as importações diminuíram 11,7% (US$ 1,03 bilhão). Dessa forma, o Brasil finalizou o mês com balança comercial superavitária de US$ 0,61 bilhões.
Na Ásia, as vendas para a China, Hong Kong e Macau avançaram 29,9% em agosto (US$ 9,60 bilhões). O volume de compras recuou 5,8% (US$ 5,54 bilhões). Com esses parceiros, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 4,06 bilhões.
As exportações para a União Europeia (UE) registraram queda de 11,9% (US$ 4,03 bilhões) em agosto. As importações da UE também caíram no mesmo período, com redução de 3%. A balança com o bloco resultou em um déficit de US$ 0,25 bilhões.
Fonte: Metrópoles