Botox: entenda se o uso contínuo da toxina botulínica traz malefícios

Conhecido popularmente como botox, o implante com toxina botulínica é um dos procedimentos estéticos mais procurados no Brasil. Segundo dados de 2024 da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), 351.488 pessoas realizaram procedimentos estéticos associados ao uso do botox no país.

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Segundo a dermatologista Alessandra Romiti, a toxina não causa paralisia definitiva nem enfraquecimento permanente.

“A toxina botulínica não bloqueia totalmente o músculo. Ela apenas reduz a força de contração, que retorna de forma gradual com o tempo. Por isso, não há registro de grandes problemas a longo prazo”, esclarece a assessora do departamento de cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A operação minimamente invasiva é utilizada para suavizar rugas e linhas de expressão. Através do bloqueio da liberação de acetilcolina, neurotransmissor responsável pela contração muscular, a musculatura da face relaxa e linhas, dobras ou sulcos na superfície da pele se tornam menos visíveis.

Segundo especialistas entrevistados pelo Metrópoles, o uso prolongado do botox traz benefícios estéticos. Com menos contração muscular, a tendência é que as rugas causadas pelos movimentos faciais repetitivos fiquem menos marcadas ao longo do tempo.

Por outro lado, o procedimento não impede o processo natural de envelhecimento. “Com o tempo, a pele pode apresentar menos rugas dinâmicas, mas a elasticidade e a qualidade dela também são influenciadas por outros fatores, como exposição solar e cuidados com a pele”, afirma a dermatologista Kalynne Varela, do Hospital Brasília Águas Claras, em Brasília.

Em média, o botox tem duração de quatro meses. Com a interrupção do tratamento, os efeitos somem e a musculatura retorna ao normal.

Há limite de segurança em aplicações de botox?

Atualmente, não há um limite de aplicações definido pela ciência. Isso ocorre porque as doses utilizadas durante o tratamento são pequenas e muito menores do que as aplicadas em outras condições médicas.

Apesar de seguro, o uso contínuo do botox não impede envelhecimento natural da pele. No entanto, a segurança do procedimento depende de uma avaliação individualizada feita por um médico e da indicação correta do tratamento.

“Por exemplo, em casos de flacidez de pele ou queda da pálpebra e sobrancelha, a toxina não é suficiente. Muitas vezes, resultados insatisfatórios acontecem justamente quando há uma indicação incorreta do uso exclusivo da toxina botulínica”, explica Alessandra.

Segundo a especialista, em alguns casos, é necessário associar o botox a outros tratamentos para obter um resultado mais satisfatório.

Possíveis complicações

Embora segura, quando aplicada de forma inadequada, a toxina botulínica pode causar complicações no paciente. Entre os principais problemas observados, estão:

  • Formação de anticorpos neutralizantes: podem reduzir a eficácia do tratamento e, por isso, pode ser necessário o uso de doses maiores para atingir o mesmo efeito;
  • Assimetrias faciais: ocorre quando os músculos não respondem de maneira uniforme;
  • Ptose palpebral: acontece quando há queda temporária da pálpebra, geralmente relacionada à técnica de aplicação.

Como amenizar os riscos do uso contínuo

Escolher médicos especializados, fazer avaliações faciais regulares para ajustar pontos e dosagem, proteger a pele do sol e a manutenção de rotinas de skincare com hidratação e antioxidantes são cuidados essenciais para manter a aplicação de botox continuamente sem riscos.

Reações alérgicas, como dificuldade de engolir ou respirar, queda na eficácia e efeitos adversos inesperados, como dores de cabeça persistentes, são sinais de alerta que exigem atenção e acompanhamento médico imediato.

“O paciente deve interromper as aplicações a qualquer sintoma novo ou preocupante que possa estar relacionado ao tratamento. Também é importante lembrar das contraindicações da toxina botulínica, como para pessoas com doenças da placa motora, por exemplo”, ensina Kalynne.

Por não ter estudos suficientes que comprovem sua segurança durante a gestação, grávidas e lactantes não devem realizar procedimentos com toxina botulínica. Pessoas alérgicas a componentes da fórmula também devem evitar o produto.

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Fonte: Metrópoles

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