Brasil quer COP30 com metas de até 120 países e 80% das emissões, sem EUA

O governo brasileiro tem a expectativa de que entre 100 e 120 países anunciem antes da COP30, em novembro, suas metas climáticas para reduzir emissões de gases de efeito-estufa até 2035.

Na avaliação do Itamaraty e do Ministério do Meio Ambiente, o que importa não é apenas a quantidade total de países (algo mais de efeito simbólico), mas principalmente o quanto eles representam no total de emissões globais.

Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esperam que seja alcançada uma cobertura de 80% das emissões atuais, já descontando o lançamento à atmosfera de gases-estufa pelos Estados Unidos, com metas de redução até 2035.

Faltando menos de dois meses para a COP30, em Belém, apenas 34 dos 193 países-signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima apresentaram suas metas.

De acordo com o Climáticas Action Tracker, eles representam menos de 24% das emissões globais.

China e União Europeia são as grandes ausências, por ora. Mas um grupo de emergentes importantes – Índia, Indonésia, Arábia Saudita, México, Rússia e Turquia – também estão entre aqueles que ainda não protocolaram suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), como são conhecidas tecnicamente as metas climáticas.

Nesta terça-feira (23), Lula e o secretário-geral da ONU, António Guterres, participam de um evento de alto nível sobre ação climática em Nova York, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, que tem como objetivo fazer um apelo para mais países apresentarem suas metas.

A lista de quem já entregou suas metas para 2035 inclui Brasil, Reino Unido, Japão, Austrália, Canadá e Estados Unidos.

As NDCs dos Estados Unidos, porém, foram entregues ainda no governo do ex-presidente Joe Biden. No começo deste ano, a administração Donald Trump tirou os americanos do Acordo de Paris.

Para altos funcionários do governo brasileiro, atingir metas que abranjam 80% das emissões totais no mundo (descontando os Estados Unidos) é um objetivo “significativo”, mas “otimista” – ou seja, ainda difícil.

Os países tinham até fevereiro para entregar suas NDCs. O Brasil foi um dos primeiros. Na COP29, em Baku (Azerbaijão), anunciou a meta de diminuir suas emissões em 59% a 67% até 2035 (na comparação com 2005).

Diante do atraso generalizado, porém, o prazo foi adiado para setembro. Em tese, vence no fim deste mês. No entanto, se houver novos atrasos, não há nenhum tipo de punição e os países ainda podem apresentar as NDCs antes da COP30.

A UE é uma das principais lideranças globais no combate às mudanças climáticas, mas ainda tem divergências internas sobre as metas para 2035.

A China, por sua vez, tem sinalizado que apresentará uma meta ambiciosa. No entanto, tem demorado para colocar suas cartas na mesa.

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