Com histórico de polêmicas, Riacho City tem novos problemas

O Riacho City, antigo Bolamense, é uma das equipes com mais polêmicas e denúncias ao longo dos anos no Distrito Federal. Conheça a longa, mas recente, história controversa do time.

Fundado com o nome “Armageddon”, depois transformado em “Renovo” e chegando à alcunha de “Bolamense” em menos de três anos (2008-2010), a equipe presidida por Antônio Teixeira conquistou, em 2017, a segunda divisão do DF, e começou a ter mais visibilidade no cenário local.

Confira a linha do tempo:

2017

Com um elenco formado por veteranos do futebol candango, o Bolamense foi campeão da Segunda Divisão local ao vencer o Samambaia na grande final por 2 x 1. O time foi o segundo colocado da chave A na primeira fase da competição e derrotou o CFZ (atual Candango), nas semifinais, para garantir o acesso.

2018

O time disputou a elite pela primeira vez e terminou a fase inicial da competição na nona posição, sem garantir a vaga para as quartas de final, mas se manteve na Série A candanga para o ano seguinte.

2019

Em 2019 as primeiras denúncias apareceram. Segundo os atletas, o presidente do clube prometia salários altos e contava com jogadores de vários estados, mas o pagamento nunca chegou.

Os profissionais ficavam hospedados em um hotel no Riacho Fundo I, cidade-satélite que o clube representa. Ainda segundo relatos, o dirigente não teria acertado os vencimentos das dívidas, e os jogadores foram despejados dos quartos e proibidos de se alimentarem no local.

Além disso, o prometido Centro de Treinamento nunca foi construído. Os atletas treinavam no estádio da Metropolitana, no Núcleo Bandeirante, onde não haviam vestiários adequados ou bebedouros.

Jogadores do Bolamense precisavam pegar água em garrafas no banheiro para beber              Foto:  Daniel Borges/GloboEsporte.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jogadores do Bolamense trocam de roupa dentro do campo                                                              Foto: Daniel Borges/GloboEsporte.com

A desorganização virou um marco da equipe ano após ano. Em 2019, os jogadores alegavam que quem solicitava o desligamento contratual devido às más condições de trabalho era obrigado a pagar taxas de rescisão ou permanecer no clube.

Outro caso de desorganização na mesma temporada foi no jogo contra o Real, onde o gramado foi pintado pouco antes da bola rolar e, devido à qualidade da tinta, precisou ser novamente marcado no intervalo.

Em 11 jogos no campeonato, o Bolamense anotou apenas um ponto e encerrou a participação na elite do futebol candango com a queda para a Segunda Divisão de 2020.

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2020

Perto de começar a campanha na Série B local, a equipe teve sua estreia na competição adiada por não ter jogadores suficientes registrados no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.

Mesmo após o adiamento, apesar de ter o número mínimo de jogadores inscritos permitidos, o treinador da equipe não compareceu e os uniformes da partida não chegaram ao estádio. Com isso, o clube perdeu por W x O para o Samambaense.

Antônio Teixeira, presidente do Riacho City                                                                                         Foto: Reprodução Site Oficial

2021

A equipe voltou a ser palco de confusão na estreia da segunda divisão, quando chegou para a partida contra a Aruc com pouco mais de meia hora para o início e, mais uma vez, sem uniformes. O time jogou com vestimentas improvisadas: números pintados à mão em camisetas comuns, sem escudo. O confronto terminou em goleada da Aruc por 10 x 0.

Ainda na segunda rodada, o dirigente do time, Bruno Alemão, o treinador, Allen Godinho, e toda comissão técnica pediram demissão. Na época, todos contavam o mesmo discurso: que o gestor era soberbo, não aceitava opiniões e não liberava a senha de acesso ao sistema para a inscrição de atletas. Além disso, os profissionais sofreram com a falta de itens básicos como bolas, coletes e equipamentos para treinamentos.

2022

O ano de 2022 marcou a mudança do nome e identidade visual do Bolamense para Riacho City. Segundo o presidente do clube, a troca se deu para sacramentar a mudança de estilo de gestão do time, que buscava não repetir os erros e desorganização do passado.

“Estamos com nova diretoria das categorias de base, nova diretoria de futebol profissional, nova comissão técnica, com elenco totalmente reformulado, e com sólidas parcerias financeiras”, explicou Antônio Teixeira ao Distrito do Esporte. Mesmo assim, o agora Riacho City encerrou sua participação na série B de 2022 na lanterna do grupo A, com apenas um gol marcado e 17 sofridos em seis jogos.

2023 e 2024

Após firmar parceria com o Real Brasília para disputar novamente a segunda divisão do DF em 2023, o Riacho City teve bom desempenho, terminando a fase de grupos na quinta colocação geral, ficando fora das semifinais e da disputa do acesso pelo critério do saldo de gols.

A boa campanha deu esperança para uma mudança de chave para a equipe, mas, em 2024, novamente, terminou o mesmo campeonato na vice-lanterna, com apenas três pontos, seis gols marcados e 40 sofridos em apenas sete jogos.

Novas Polêmicas em 2025

O Riacho City surpreendeu ao empatar a partida de estreia da segunda divisão local em 1 x 1 contra o Luziânia, um dos favoritos para o acesso. Porém, a segunda rodada foi marcada por cenas preocupantes. Na partida do último sábado (6/9), o elenco titular foi dispensado e proibido de entrar no estádio minutos antes da bola rolar.

A confusão foi intensa nos vestiários e o Batalhão de Choque da Polícia Militar (PMDF) precisou ser acionado para acalmar os ânimos. A partida terminou com vitória dos visitantes por 1 a 0. Segundo o treinador do mandante, Riacho City, a indignação foi grande, já que a equipe se preparou para o campeonato por mais de dois meses.

Nesse mesmo jogo, o Riacho City descumpriu, mais uma vez, diversas normas previstas no regulamento. Por exemplo, o time não levou o número mínimo necessário de bolas para dar início à partida, que conforme artigo 33, é responsabilidade do mandante.

Além disso, de acordo com a súmula do jogo, a equipe não pagou a taxa do delegado da partida e pode responder processo no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) por infringir o Artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Em conversa com o Metrópoles, o ex-treinador do Riacho City, Edmilson Rodrigues, informou que ele e os jogadores afastados ainda decidirão as próximas ações a tomar junto a um advogado. A expectativa é de que um processo criminal e outro no Ministério Público sejam abertos contra o dirigente. Além disso, conforme apurado pela reportagem, a equipe responde a cerca de 200 litígios atualmente.

Erro na Súmula

Outra situação inusitada chamou a atenção no mesmo jogo: a suposta presença em campo do goleiro Marcus Vynicios, relatado na súmula como o camisa 6 do time. No entanto, além do atleta não ser lateral, o mesmo não estava na partida, pois era um dos jogadores que foi barrado na entrada.

Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o arqueiro do lado de fora do estádio no momento em que a partida foi iniciada.

A reportagem do Metrópoles apurou que o jogador que atuou com a camisa 6 do Riacho City tem o mesmo nome, mas uma grafia diferente: Marcos Vinícius. Nenhuma observação ou alteração foi apontada na súmula do confronto, que é de responsabilidade da arbitragem, ao conferir as identidades dos atletas presentes em campo.

Manipulação de Resultados

Pela constância de resultados negativos elásticos na primeira e na segunda divisão, o Riacho City virou alvo recorrente de investigações por suposta manipulação de resultados. Algo que, até o momento, não chegou a ser confirmado.

O Metrópoles procurou o presidente do Riacho City, Antônio Teixeira, em busca de um pronunciamente sobre as denúncias recebidas. O dirigente, então, fez um convite à reportagem para conhecer as instalações da equipe no Riacho Fundo I, que foi prontamente aceito. Porém, após confirmação, o dirigente deixou de responder o portal. O espaço segue aberto para esclarecimentos.



Fonte: Metrópoles

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