A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em poucos dias, superou o número de requerimentos protocolados na comissão parlamentar que investigou a condução do governo federal na pandemia de Covid-19 em 2021.
O colegiado que apura o esquema de fraudes a aposentadoria e pensões registrava 1.578 requerimentos protocolados até a noite dessa quinta-feira (4). Por outro lado, em todo o período em que funcionou (de abril a outubro de 2021), a CPI da Pandemia recebeu 1.577 requerimentos.
Levantamento da CNN constatou que 572 requerimentos são de autoria de parlamentares do PL (Partido Liberal). O PT (Partido dos Trabalhadores) figura na sequência, com 368, e o Novo aparece na sequência, com 151 requerimentos protocolados.
Por meio de requerimentos que são deliberados em colegiado, a CPMI pode convocar testemunhas, requisitar informações a órgãos e requerer a quebra de sigilo bancário de investigados. Até o momento, a CPMI do INSS já apreciou 341 desses documentos. Outros 34 estão prejudicados ou foram retirados e seis invalidados.
A CPMI é composta por 15 deputados e 15 senadores titulares e igual número de suplentes. O colegiado investiga o esquema de descontos ilegais na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas revelado em abril após operação da PF (Polícia Federal) e CGU (Controladoria-Geral da União).
No total, as entidades teriam cobrado de aposentados e pensionistas um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024.