O Ministério da Fazenda afirmou, nesta terça-feira (2/9), que já esperava uma desaceleração no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre. A pasta, no entanto, admitiu que o arrefecimento foi “mais acentuado do que o previsto” no Boletim Macrofiscal de julho.
*O Macrofiscal é um relatório bimestral responsável por divulgar as projeções de curto e médio prazo para os indicadores de atividade econômica e de inflação, utilizados no processo orçamentário da União.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB do Brasil avançou 0,4% no segundo trimestre (abril, maio, junho) em comparação aos primeiros três meses do ano.
O PIB
- O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. A divulgação é feita trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom.
- Por outro lado, um recuo implica encolhimento da produção econômica da nação.
Uma desaceleração da atividade econômica havia sido indicada tanto do lado do mercado financeiro quanto por parte do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC).
Perspectivas para o PIB
Em nota, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda informou que no segundo trimestre, o crescimento na margem do PIB foi similar à estimativa da pasta: de 0,4%.
“No entanto, a desaceleração ocorreu em ritmo mais acentuado do que o previsto no Boletim Macrofiscal de julho, quando ainda havia poucos indicadores coincidentes divulgados”, explicou a SPE.
Para o terceiro trimestre, o Ministério da Fazenda disse que o ritmo de crescimento projetado para o PIB “é pouco inferior ao observado para o segundo trimestre”.
“Embora a desaceleração nas concessões de crédito venha se acentuando nos últimos meses, junto com o aumento nas taxas de juros bancárias e na inadimplência, o mercado de trabalho segue resiliente, podendo impulsionar a atividade junto ao pagamento dos precatórios e à recente expansão do crédito consignado ao trabalhador”, avaliou a pasta.
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Na análise do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), o resultado do PIB do segundo trimestre foi positivo, mas “mostrou sinais de desaceleração em relação ao trimestre anterior”.
Projeções do PIB de 2025
- Expectativa do Mercado (Relatório Focus): 2,19%
- Ipea: 2,4%
- Confederação Nacional da Indústria (CNI): 2,3%
- Ministério da Fazenda (Boletim Macrofiscal): 2,5%
- Banco Central: 2,1%
Fonte: Metrópoles