O setor público consolidado do Brasil teve déficit primário (o saldo entre receitas e despesas, sem o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 17,3 bilhões em agosto. A dívida bruta atingiu 77,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Embora negativo, o resultado é melhor do que o registrado em agosto de 2024, quando o setor público foi deficitário em R$ 21,4 bilhões. É o que mostra o boletim de Estatísticas Fiscais, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (30/9).
Nessa segunda-feira (29/9), o Tesouro Nacional informou que as contas do governo central — Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência Social — registraram déficit primário de R$ 15,6 bilhões em agosto.
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Destaques do setor público
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), os governos regionais e as empresas estatais apresentaram déficits de R$ 15,9 bilhões, R$ 1,3 bilhão e R$ 6 milhões, respectivamente.
Em 12 meses, o setor público consolidado acumula déficit primário de R$ 23,1 bilhões (o equivalente a 0,19% do PIB), ante déficit de R$ 27,3 bilhões (0,22% do PIB) nos 12 meses acumulados até julho.
Dívida bruta
A dívida bruta do governo geral (DBGG) atingiu 77,5% do PIB (R$ 9,6 trilhões) em agosto, mesma variação registrada no mês anterior. A DBGG compreende o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos federal, estaduais e municipais.
Conforme o boletim, a evolução da dívida bruta decorreu dos juros nominais apropriados, dos resgates líquidos de dívida, do efeito da valorização cambial e da variação do PIB nominal . No ano, a DBGG subiu 1 ponto do PIB.
A dívida líquida do setor público (DLSP) cresceu no período analisado pelo Banco Central. A DLSP atingiu 64m2% do PIB (R$ 8 trilhões) em agosto, com acréscimo de 0,6 ponto do PIB no mês.
Segundo o BC, esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados, do déficit primário, da valorização cambial de 3,1% no mês e do efeito da variação do PIB nominal . No ano, a DLSP aumentou 2,7 pontos do PIB.
Fonte: Metrópoles