As fraturas ósseas são lesões comuns, que podem ocorrer por diversos fatores, como quedas, esportes de impacto e até atividades cotidianas que exigem esforço físico. O cuidado imediato é fundamental para evitar complicações que podem afetar a mobilidade, a função dos membros e a qualidade de vida.
Mesmo fraturas aparentemente pequenas, como as de dedo do pé ou do punho, podem se tornar problemas maiores se não forem tratadas. O tempo entre a fratura e o atendimento médico é determinante: quanto mais cedo o osso recebe o tratamento correto, maior é a chance de cicatrização adequada.
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Principais riscos da negligência do tratamento de fraturas ósseas
Quando o tratamento não é realizado, o osso pode cicatrizar desalinhado, causando deformidades que limitam os movimentos e prejudicam a função do membro. A dor crônica é comum e pode se intensificar caso nervos ou vasos sanguíneos sejam comprometidos. Quando isso acontece, a correção pode exigir procedimentos cirúrgicos invasivos.
“Complicações como infecção (em casos de fraturas expostas), lesão de nervos ou vasos sanguíneos também podem surgir”, ressalta a ortopedista Luciana Ferrer, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do DF (SBOT/DF).
O organismo responde de maneira diferente às fraturas dependendo da faixa etária. Crianças, adultos e idosos apresentam capacidades distintas de cicatrização, o que influencia diretamente o risco de complicações e a necessidade de intervenções médicas.
- Crianças: têm maior capacidade de remodelamento ósseo, mas fraturas que atingem a placa de crescimento podem causar deformidades permanentes;
- Adultos: apresentam menor capacidade de remodelamento e estão sujeitos à consolidação viciosa ou pseudartrose, quando o osso não se une corretamente;
- Idosos: além de menor densidade óssea e recuperação lenta (o que contribui para a imobilidade prolongada), enfrentam maior risco de trombose e perda funcional, o que eleva a probabilidade de complicações a longo prazo.
Consequências da negligência do tratamento de fraturas ósseas
Fraturas ósseas mal tratadas podem causar artrose precoce, alterações na postura e na marcha. O calo ósseo — tecido formado durante a cicatrização — quando se consolida de forma incorreta, comprime nervos e vasos sanguíneos, o que mantém a dor persistente. A má consolidação, além de impactar na mobilidade, aumenta o risco de sobrecarga em outras articulações.
A ortopedista Juliana Vergara, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho, em São Paulo (SP), alerta que atletas e pessoas fisicamente ativas estão ainda mais vulneráveis a fraturas ósseas, uma vez que lidam com exercícios intensos e de impacto quase que diariamente.
“O retorno precoce das atividades físicas aumenta o risco da pseudartrose. O desalinhamento articular leva a uma artrose precoce, lesões por sobrecarga compensatória e ainda, risco aumentado de refraturas — que é a quebra da continuidade de um osso”, explica a médica.
Alguns sinais de alerta podem indicar comprometimento de nervos ou da circulação sanguínea. Dormência, formigamento, perda de força, palidez ou dor muito intensa e desproporcional exigem atenção imediata, já que podem caracterizar uma urgência médica.
Importância do tratamento adequado de fraturas ósseas
O tratamento precoce é decisivo para evitar complicações que podem deixar sequelas permanentes. Quanto mais rápido o paciente recebe atendimento médico, maiores são as chances de cicatrização correta e retorno seguro às atividades do dia a dia.
Hoje, a ortopedia conta com recursos que ampliam as possibilidades de recuperação, como técnicas minimamente invasivas, terapias regenerativas, próteses feitas em impressão 3D e até o uso de robôs em cirurgias.
Esses avanços reduzem os riscos e aumentam a precisão dos procedimentos, mas não substituem a necessidade de procurar ajuda especializada logo após a fratura.
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Fonte: Metrópoles