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Ex-ministra: Mundo precisa reconhecer que Brasil tem natureza como aliada

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Ex-ministra: Mundo precisa reconhecer que Brasil tem natureza como aliada

Em meio às discussões sobre os avanços da agricultura tropical sustentável, Izabella Teixeira, co-chair do painel internacional de recursos naturais da ONU Meio Ambiente e ex-ministra do Meio Ambiente, destacou a necessidade do reconhecimento global da produção brasileira, em entrevista ao CNN Talks.

“O que o mundo não reconhece é como o Brasil tem a natureza como sua aliada para o desenvolvimento”, disse. Na busca por reconhecimento, estão no processo de metrificação e certificação da sustentabilidade nacional.

A ex-ministra destacou a que dados personificados às florestas tropicais, para que os compradores no exterior saibam que o Brasil produz alimentos com a natureza. A visibilidade do tema é parte da discussão: “Há um esforço do Brasil de querer falar mas tem que ter um esforço do outro lado de querer ouvir”, disse.

Sobre “colocar soluções na mesa”, a especialista destacou a importância de sair do “greenwishing”, isto é, as esperanças e desejos de mudança, para, de fato, gerar ações em direção à sustentabilidade ambiental e econômica.

O Brasil, para Teixeira, “não é um país do futuro, pode ser melhor no futuro”. A ex-ministra comentou sobre as potencialidades da agricultura brasileira, mas lembrou os desperdícios ainda presentes e a importância de “socorrer quem ficou para trás”. A especialista ainda destaca que os problemas não são apenas tecnológicos e econômicos e são “de todos nós”.

O CNN Talks – Potência Verde reuniu nesta segunda-feira (8), em São Paulo, especialistas e autoridades para debater agricultura regenerativa, bionergia e clima antes da COP30, a Cúpula do Clima da ONU, que acontecerá em novembro, em Belém, capital do Pará.

O evento marca, também, a estreia oficial da série “Rota Bioceânica”, apresentada pelo analista da CNN Brasil Caio Junqueira. O corredor bioceânico é uma alternativa ao Porto de Santos e vai integrar quatro países da América do Sul, entre eles, o Brasil.

Estimativas apontam que a rota deve reduzir em 17 dias o transporte de mercadorias que saem do Brasil para a Ásia, e em 30% o valor do frete em relação ao que se gasta para escoar os produtos pelo Oceano Atlântico, via Porto de Santos.

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