Executivos do setor privado ressaltaram a importância do etanol na transição energética e como ele pode auxiliar na descarbonização durante o CNN Talks – Potência Verde, nesta segunda-feira (8), em São Paulo.
João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis para a América do Sul, afirmou que o principal desafio na transição energética é a descarbonização, sendo esse também um obstáculo global.
O executivo comentou que os veículos estão “sob o holofote” nesta questão, mas ressaltou que a descarbonização do automóvel não é simples, sendo necessário agir “do berço ao túmulo” – passando desde a mineração, a fabricação da matéria-prima para o veículo, a fabricação, uso e descarte do carro.
Porém, Medeiros defendeu um processo trabalhado e que não é necessário fazer um “salto” direto para os veículos elétricos.
Para ele, o etanol tem papel fundamental para diminuir o impacto das emissões de CO2, podendo ser usado junto à “eletrificação”.
“O CO2 que sai do escapamento do carro é pego pela cana-de-açúcar, que alimenta a próxima safra”, explicou.
Cesar Barros, CEO e presidente do Centro de Tecnologia Canavieira, relembrou a crise do petróleo no Brasil para dizer que o etanol veio de uma demanda da sociedade e que o uso do combustível se tornou útil e popular.
“A cana-de-açúcar é extremamente sustentável; social e ecológica”, afirmou.
Barros também afirmou a cana-de-açúcar pode ser mais produtiva, sem precisar usar mais áreas.
“É possível dobrar a produtividade do canavial brasileiro até a próxima década com pesquisa e desenvolvimento”, observou, exemplificando que o desenvolvimento da semente sintética da planta, já em fábrica, pode possibilitar mais velocidade e maior produtividade.
O CNN Talks – Potência Verde reuniu especialistas e autoridades para debater agricultura regenerativa, bionergia e clima antes da COP30, a Cúpula do Clima da ONU, que acontecerá em novembro, em Belém, capital do Pará.
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1 de 15Fernando Nakagawa, analista de Economia e âncora do CNN Money • Atacama Agência
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2 de 15Jaime Verruck, Secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul • Atacama Agência
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3 de 15Maurício Rodrigues, Presidente da Divisão Agrícola da Bayer na América Latina
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4 de 15Carlos Augustin, Assessor Especial do Ministério da Agricultura e Pecuária
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5 de 15Alex Carvalho, Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará
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6 de 15João Irineu Medeiros, VP de Assuntos Regulatórios da Stellantis para América do Sul • Atacama Agência
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7 de 15Cesar Barros, CEO do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira)
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8 de 15Roberto Rodrigues, Professor Emérito da FGV Agro, Enviado Especial da COP30 e Ex-Ministro da Agricultura
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9 de 15Caio Junqueira, analista de Política da CNN Brasil
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10 de 15João Paulo Capobianco, Secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima • Atacama Agência
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11 de 15Painel 2 – Fronteiras Sustentáveis: Clima, Biomas e Integração para um Novo Modelo de Desenvolvimento Econômico
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12 de 15Guilherme Piai, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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13 de 15Priscilla Cortezze, Priscilla Cortezze, Diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Copersucar
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14 de 15Mohamad Sammour, Agropecuária Bandeirantes • Atacama Agência
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15 de 15Paula Packer, Chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente
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O evento marca, também, a estreia oficial da série “Rota Bioceânica”, apresentada pelo analista da CNN Brasil Caio Junqueira. O corredor bioceânico é uma alternativa ao Porto de Santos e vai integrar quatro países da América do Sul, entre eles, o Brasil.
Estimativas apontam que a rota deve reduzir em 17 dias o transporte de mercadorias que saem do Brasil para a Ásia, e em 30% o valor do frete em relação ao que se gasta para escoar os produtos pelo Oceano Atlântico, via Porto de Santos.